São Paulo, terça-feira, 30 de abril de 2002

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Jospin quer reforço para segurança de Le Pen

DE PARIS

O premiê francês, Lionel Jospin, pediu que fosse reforçada a segurança para o candidato de extrema direita a presidente Jean-Marie Le Pen, que, por sua vez, dobrou o número de guarda-costas. "Dadas as tensões do momento, há inúmeros loucos e inimigos de Le Pen que sonham em assassiná-lo", disse um membro do governo ao jornal "The Independent".
Paris vai estar sob alerta policial máximo amanhã, Dia do Trabalho, quando serão realizadas duas grandes manifestações na cidade.
Pela manhã, a Frente Nacional, de Le Pen, espera reunir num desfile 80 mil militantes. À tarde, dezenas de organizações pretendem levar às ruas 200 mil manifestantes antifascistas. Outros atos antilepenistas estão sendo organizadas na capital.
Todo o aparelho policial foi convocado para garantir a segurança. Cerca de 3.500 homens devem controlar as manifestações. O sistema de videovigilância da cidade também será acionado. Os bombeiros estarão em alerta. Dois helicópteros da Segurança Civil estarão prontos a prestar serviços de urgência.
A manifestação da Frente Nacional, em homenagem a Joana d'Arc, sairá às 9h da praça do Chatêlet, perto do rio Sena, passará pela estátua da heroína francesa e chegará ao meio-dia à praça da Ópera. Ali, Le Pen deverá discursar durante 90 minutos.
Às 14h, acontece o protesto organizado por dezenas de organizações sindicais, políticas e estudantis, para o qual se está prevendo a presença de 200 mil pessoas. A manifestação começará na praça da República e seguirá até a praça da Nação. Outras mobilizações menores devem ocorrer, algumas pela manhã, aumentando o risco de confronto com os militantes de extrema direita.
Às 9h, a Confederação Francesa dos Trabalhadores Cristãos desfilará da praça da Bolsa de Valores até o Centro Georges Pompidou. Às 11h, haverá um protesto na ponte do Carrousel, no Sena, não muito longe da estátua de Joana d'Arc, em memória de Brahim Bouraam, um marroquino que foi jogado no rio por skinheads e morreu afogado em 1995.
Às 12h, anarquistas da Confederação Nacional do Trabalho também sairão às ruas -rumo à praça da República.



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