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Zidane defende voto contra o extremista
DA REDAÇÃO
O astro do futebol Zinedine Zidane, que liderou a seleção francesa campeã do mundo em 1998,
defendeu ontem o voto contra o
candidato da extrema direita
Jean-Marie Le Pen no segundo
turno da eleição presidencial, no
próximo domingo.
Zidane, filho de imigrantes argelinos que se tornou herói nacional após a vitória francesa na Copa do Mundo, disse numa entrevista à rádio France-Info que as pessoas devem "pensar nas consequências de votar em um partido que não corresponde aos valores da França". "Isso poderia ter
sérias consequências, e precisamos pensar sobre isso", afirmou.
Outros jogadores da seleção
campeã de 1998 já haviam feito
declarações anti-Le Pen na semana passada. Le Pen, que defende
políticas antiimigração e é acusado de racismo e anti-semitismo,
havia criticado em 1996 a multirracial seleção nacional, dizendo
que era "artificial trazer jogadores
estrangeiros e batizá-los de seleção francesa".
"Tenho orgulho de ser francês,
mas não posso estar feliz com o
que está acontecendo", disse Zidane. "É muito sério quando há
30% de abstenção e terminamos
com um segundo turno entre
[Jacques] Chirac e... o outro".
"Ficamos tristes pela posição de
Zidane", disse o chefe da campanha de Le Pen, Bruno Gollnisch.
"Parece que [criticar Le Pen] é um rito de passagem para todos os artistas, esportistas e afins."
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