São Paulo, terça-feira, 30 de abril de 2002

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Zidane defende voto contra o extremista

DA REDAÇÃO

O astro do futebol Zinedine Zidane, que liderou a seleção francesa campeã do mundo em 1998, defendeu ontem o voto contra o candidato da extrema direita Jean-Marie Le Pen no segundo turno da eleição presidencial, no próximo domingo.
Zidane, filho de imigrantes argelinos que se tornou herói nacional após a vitória francesa na Copa do Mundo, disse numa entrevista à rádio France-Info que as pessoas devem "pensar nas consequências de votar em um partido que não corresponde aos valores da França". "Isso poderia ter sérias consequências, e precisamos pensar sobre isso", afirmou.
Outros jogadores da seleção campeã de 1998 já haviam feito declarações anti-Le Pen na semana passada. Le Pen, que defende políticas antiimigração e é acusado de racismo e anti-semitismo, havia criticado em 1996 a multirracial seleção nacional, dizendo que era "artificial trazer jogadores estrangeiros e batizá-los de seleção francesa".
"Tenho orgulho de ser francês, mas não posso estar feliz com o que está acontecendo", disse Zidane. "É muito sério quando há 30% de abstenção e terminamos com um segundo turno entre [Jacques] Chirac e... o outro".
"Ficamos tristes pela posição de Zidane", disse o chefe da campanha de Le Pen, Bruno Gollnisch. "Parece que [criticar Le Pen] é um rito de passagem para todos os artistas, esportistas e afins."



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