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GUERRA SEM LIMITES
Passageiros foram informados de que pessoas do Oriente Médio compraram passagens só de ida em dinheiro
Suspeitas fazem FBI desviar vôo nos EUA
PATRICK WALTERS
DA ""ASSOCIATED PRESS", EM FILADÉLFIA
O FBI (a polícia federal dos
EUA) disse aos passageiros de um
vôo doméstico americano forçado a retornar à Filadélfia depois
da decolagem, no domingo, que o
transtorno se deveu ao fato de vários passageiros naturais do
Oriente Médio terem comprado
passagens só de ida, em dinheiro
vivo, naquele mesmo dia.
Enquanto isso, também no domingo, em Houston, vários funcionários da embaixada da Arábia Saudita foram detidos quando
tentavam subir num avião no Aeroporto Intercontinental George
Bush. O porta-voz do FBI Bob
Doguim informou na segunda
que eles foram libertados após a
confirmação de sua identidade.
Linda Vizi, do FBI, não confirma o relato relativo ao vôo de Filadélfia a Orlando (Flórida) no domingo, mas disse que os passageiros suspeitos foram interrogados e libertados na manhã da segunda, sem acusação. "Pudemos determinar que seus planos de viagem eram legítimos e suas identidades, também. Verificamos a documentação dessas pessoas, e
está tudo em ordem", disse.
Glenn Mattes, 48, e Jack Clark,
55, contaram que agentes do FBI
disseram aos passageiros que dois
outros aviões foram mantidos em
terra, um em Houston e outro em
Baltimore, porque vários passageiros originários do Oriente Médio tinham comprado bilhetes só
de ida naquele dia, pagos com dinheiro vivo. Mattes e Clark estavam entre as 134 pessoas a bordo
do vôo 335 da US Airways, que,
conforme reconheceu o FBI, foi
desviado e retornou ao ponto de
partida porque se pensou que alguns passageiros estariam envolvidos em "atividade suspeita".
Os passageiros em questão foram retirados do avião sem incidentes e interrogados pelo FBI, disse Vizi no domingo pela noite.
Cães farejadores não encontraram explosivos, ela contou.
"No clima de cautela vigente desde 11 de setembro, queremos garantir que todos cheguem a seus destinos em segurança", disse a agente Vizi. Desde os atentados aos EUA os aeroportos americanos vêm adotando medidas
mais duras de segurança.
Em Houston, quatro ou cinco funcionários da embaixada saudita foram detidos depois que seguranças do aeroporto observaram nenhum deles tinha registrado bagagem no vôo a Baltimore.
Eles foram soltos quando mostraram passaportes diplomáticos.
Disseram que tinham ido a Houston para passar o dia acompanhando a visita do príncipe herdeiro saudita Abdullah.
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