São Paulo, terça-feira, 30 de abril de 2002

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JUSTIÇA

Diane Pretty, que sofre de doença degenerativa, pedira que seu marido a ajudasse a morrer

UE nega pedido de britânica para ser morta

DA REDAÇÃO

Uma mulher britânica perdeu ontem a última batalha de sua guerra judicial para poder morrer com a ajuda de seu marido.
O Tribunal Europeu de Direitos Humanos rejeitou o pedido de Diane Pretty, 43, que está paralisada do pescoço para baixo e pode morrer em poucos meses.
Ainda ontem, foi anunciado que outra mulher britânica morrera após ganhar o direito legal de terminar sua própria vida.
O Supremo Tribunal britânico decidiu no mês passado que a "Senhorita B", cujo nome não pode ser divulgado por razões legais, tinha capacidade mental suficiente para decidir se o equipamento que a mantinha viva deveria ser desligado ou não.
"Ela morreu pacificamente em seu sono depois de ter o equipamento de ventilação retirado", disse uma porta-voz do Ministério da Saúde britânico.
No Reino Unido, ajudar alguém a cometer suicídio pode ser punido com até 14 anos de prisão.
Médicos dizem que Pretty, que sofre de esclerose lateral amiotrófica em fase terminal, pode morrer daqui a poucos meses de insuficiência respiratória.
Pretty, que tem dois filhos, vive presa a uma cadeira de rodas e se comunica por meio de um pequeno computador portátil, disse: "A lei tirou todos os meus direitos".
Seu marido, Brian, afirmou: "Estou satisfeito, por um lado, pois isso significa que terei minha mulher aqui por um pouco mais de tempo. Mas estou muito triste porque sua opção de escolher quando morrer foi tirada dela".
O casal levou o caso à corte européia depois que o Supremo Tribunal britânico se negou a dar imunidade a Brian Pretty caso ele ajudasse sua mulher a morrer.
Mas sete juízes no Tribunal Europeu em Estrasburgo (leste da França) decidiram que o Reino Unido não havia violado nenhum de seus direitos humanos.


Com agências internacionais


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