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São Paulo, quarta-feira, 30 de julho de 2003

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EUROPA

Milhares deixam a região; focos foram controlados

Incêndio próximo à Riviera Francesa mata 4; origem pode ser criminosa

Aslan Macault/EFE
Fumaça negra cobre o céu na praia de Pamplonne, próximo a Saint-Tropez, na Riviera Francesa


DA REDAÇÃO

Um incêndio florestal próximo à Riviera Francesa, que pode ter sido criminoso, matou ontem ao menos quatro turistas e obrigou milhares a deixarem o local. O incêndio foi declarado controlado no final da tarde, após quase 24 horas de esforços envolvendo cerca de 2.000 bombeiros.
As autoridades locais suspeitam que cerca de 30 focos que devastaram amplas áreas de floresta foram provocados. Várias cidades da região foram tomadas por uma fumaça espessa, que obrigou milhares de moradores e turistas a deixarem suas casas.
"Todos os focos estão sob controle", afirmou um porta-voz do governo local da região de Var, um dia após o fogo se espalhar numa área entre a cidade montanhosa de Fayence e o balneário de Sainte-Maxime, próximo a Cannes e Saint-Tropez.
A região é um dos principais pontos turísticos da França no verão. Os mortos pelo fogo são todos estrangeiros -uma adolescente britânica e sua avó, uma holandesa e um polonês.
O presidente da França, Jacques Chirac, em visita oficial à Polinésia Francesa, prometeu punir os culpados. "Se algum desses incêndios for de origem criminosa -e há razões para acreditar nisso- os acusados serão processados com severidade", disse.
O ministro do Interior, Nicolas Sarkozy, que viajou para a região, classificou as consequências do incêndio como um "desastre ecológico". "Pessoas perderam suas casas, alguns perderam suas vidas, e nós não temos que ficar sentados e aceitar esse tipo de tragédia só porque algumas pessoas são pouco cuidadosas ou porque outros se comportam como lunáticos", afirmou Sarkozy.
Fortes ventos ajudaram a espalhar as chamas, que destruíram mais de 8.000 hectares de pinheiros. Cerca de 1.500 pessoas deixaram a cidade de Sainte-Maxime, onde cerca de cem casas foram destruídas. Outras 4.000 pessoas foram obrigadas a deixar locais de camping próximos.

Com agências internacionais

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