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Turistas seqüestrados no Saara são libertados
Polícia e reféns dão versões conflitantes sobre resgate
DA REDAÇÃO
O grupo de 11 turistas europeus e oito guias egípcios seqüestrado no último dia 20 foi
libertado ontem em circunstâncias não esclarecidas em
uma região desértica na fronteira do Chade com o Sudão.
Sorridentes e aparentando
estar em boas condições de
saúde, os reféns chegaram a
uma base aérea no Cairo a bordo de um avião das Forças Armadas e foram recebidos com
buquês de flores por graduados
militares egípcios e diplomatas
estrangeiros.
O grupo -cinco italianos,
cinco alemães, um romeno e oito funcionários egípcios de
uma agência de turismo- havia
sido visto pela última vez no dia
19 no vilarejo egípcio de Dakhla. Depois de passar a noite em
um hotel, os turistas e seus
acompanhantes partiram em
comboio de jipes rumo à reserva natural de Gilf al Kebir, 900
km ao sudoeste do Cairo.
Autoridades souberam do seqüestro depois que um agente
de turismo que estava no grupo
ligou do celular para sua mulher informando que havia sido
feito refém por "homens africanos mascarados". Os serviços
de inteligência egípcios informaram inicialmente que os seqüestradores haviam levado o
grupo de reféns para o vizinho
Sudão, exigindo milhões de dólares de resgate.
Há versões conflitantes sobre as circunstâncias da libertação. O Egito, que tem no turismo uma de suas principais
atividades econômicas, negou
que um resgate tenha sido pago
e relatou que 150 agentes secretos egípcios amparados por espiões italianos e sudaneses libertaram os reféns no Chade
depois de matar "cerca da metade de 35 seqüestradores".
Essa versão foi corroborada
pelo Sudão, aliado do Egito, que
atribuiu o seqüestro a bandidos
ligados a rebeldes da região do
Darfur (sudoeste sudanês).
Mas um dos reféns, o egípcio
Sherif Abdel Moneim, desmentiu que tenha havido uma operação violenta. "Os seqüestradores nos abandonaram no deserto, e em seguida as forças de
resgate apareceram", relatou.
Com agências internacionais
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