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LESTE EUROPEU
Governistas ocuparão 100% do Parlamento em Belarus
DA REDAÇÃO
Opositores a Alexander
Lukashenko, presidente bielo-russo desde 1994, não ganharam nenhum dos 110 assentos na eleição parlamentar do último fim de semana,
mesmo tendo lançado 70 dos
263 candidatos. A OSCE (Organização para a Segurança e
Cooperação na Europa) e o
Departamento de Estado dos
EUA disseram ontem que a
votação não atingiu "padrões
básicos internacionais".
"A votação foi em geral
bem conduzida, mas o processo deteriorou-se na contagem", disse o relatório de
monitores da OSCE. "Ela foi
avaliada como ruim ou péssima em 48% dos colégios eleitorais visitados."
O resultado enturva a
aproximação entre a ex-república soviética e o Ocidente. Fronteira entre a área de
influência russa e a União
Européia, Belarus busca diminuir sua dependência do
aliado histórico do leste, cuja
estatal Gazprom ameaçou no
mês passado reduzir à metade o fornecimento de gás,
após já ter dobrado seu preço. Por seu lado, o Ocidente
busca enfraquecer a influência da Rússia em seus limites.
No mês passado, Lukashenko -que foi chamado de
"último ditador da Europa"
em 2005 pela secretária de
Estado americana, Condoleezza Rice, e que, no ano seguinte, teve vistos banidos
para EUA e UE por fraude
eleitoral- libertou pessoas
consideradas pela UE como
prisioneiros políticos.
No domingo, ele prometeu
que a eleição seria mais
transparente do que as anteriores -precondição colocada por chanceleres europeus
para que reavaliassem as relações com o país.
Apesar da condenação ao
processo eleitoral, porém, o
chefe da missão da OSCE,
Geert Ahrens, contemporizou: "Nosso anúncio não fecha portas; ao contrário, pede cooperação".
Com agências internacionais
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