São Paulo, terça-feira, 30 de setembro de 2008

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LESTE EUROPEU

Governistas ocuparão 100% do Parlamento em Belarus

DA REDAÇÃO

Opositores a Alexander Lukashenko, presidente bielo-russo desde 1994, não ganharam nenhum dos 110 assentos na eleição parlamentar do último fim de semana, mesmo tendo lançado 70 dos 263 candidatos. A OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) e o Departamento de Estado dos EUA disseram ontem que a votação não atingiu "padrões básicos internacionais".
"A votação foi em geral bem conduzida, mas o processo deteriorou-se na contagem", disse o relatório de monitores da OSCE. "Ela foi avaliada como ruim ou péssima em 48% dos colégios eleitorais visitados."
O resultado enturva a aproximação entre a ex-república soviética e o Ocidente. Fronteira entre a área de influência russa e a União Européia, Belarus busca diminuir sua dependência do aliado histórico do leste, cuja estatal Gazprom ameaçou no mês passado reduzir à metade o fornecimento de gás, após já ter dobrado seu preço. Por seu lado, o Ocidente busca enfraquecer a influência da Rússia em seus limites.
No mês passado, Lukashenko -que foi chamado de "último ditador da Europa" em 2005 pela secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, e que, no ano seguinte, teve vistos banidos para EUA e UE por fraude eleitoral- libertou pessoas consideradas pela UE como prisioneiros políticos.
No domingo, ele prometeu que a eleição seria mais transparente do que as anteriores -precondição colocada por chanceleres europeus para que reavaliassem as relações com o país.
Apesar da condenação ao processo eleitoral, porém, o chefe da missão da OSCE, Geert Ahrens, contemporizou: "Nosso anúncio não fecha portas; ao contrário, pede cooperação".

Com agências internacionais



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