DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Para Marco Aurélio Garcia, assessor internacional da Presidência do Brasil, o casal Kirchner vai repetir na Argentina o que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez aqui: no primeiro mandato (de Néstor Kirchner), "botou a casa em ordem" com medidas duras; no segundo (de Cristina), vai aprofundar o desenvolvimento e o processo de industrialização.
O governo brasileiro avalia que Kirchner tentará resolver as primeiras "pedras no sapato" de sua mulher antes de lhe entregar o cargo em dezembro. O presidente deverá atacar a pressão inflacionária e a instalação de fábricas de celulose na fronteira com o Uruguai.
A expectativa brasileira é baseada em contatos com o governo argentino. Kirchner anunciaria pacotes contra a inflação e em relação ao impasse com o Uruguai, arcando com o custo político de medidas impopulares. Cristina teria o caminho livre para começar com boas notícias.
A eleição de Cristina também representa maior aproximação com o Brasil e o Mercosul, segundo o presidente afirmou o presidente Lula em "mensagem de felicitações". Lula conversou anteontem com a presidente eleita, quando projeções já indicavam sua vitória.


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