São Paulo, terça-feira, 30 de outubro de 2007

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Carrió avança, mas falta líder claro à oposição

DE BUENOS AIRES

A oposição argentina saiu da eleição mais debilitada do que entrou. Mas Elisa Carrió foi quem se saiu melhor. Em 2003, ela fora quinta, com 14%. Agora, avançou quase dez pontos. Além disso, ao contrário do resto da oposição, a Coalizão Cívica de Carrió cresceu no Congresso -passou de um a cinco senadores e deve somar sete deputados aos 20 que tem.
"Sou a líder opositora e vou exercer esse cargo", disse Carrió, que reafirmou, porém, a disposição de não voltar a disputar a Presidência. A decisão pode dilapidar parte do patrimônio eleitoral da Coalizão Cívica.
Isso ocorreu nestas eleições com Mauricio Macri. Prefeito eleito de Buenos Aires, foi apontado como mais forte opositor há apenas quatro meses ao somar mais de 60% dos votos na capital. Agora, antes mesmo de assumir o cargo, sofreu uma dura derrota eleitoral; seu candidato ao Senado pela capital teve pouco mais de 13% dos votos e não se elegeu.
Mesmo assim, Macri terá a seu favor algo que Carrió não tem: um cargo com grande visibilidade e orçamento. A demonstração de que ele é a maior preocupação do kirchnerismo veio de uma instrução do chefe-de-gabinete do presidente, Alberto Fernández, aos vereadores governistas na capital: a de que façam tudo para dificultar o governo de Macri.


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