Procurador condena corte de eletricidade a Gaza

DA REDAÇÃO

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, revelou ontem estar com câncer de próstata. Disse não correr risco de morte e que se submeterá a uma cirurgia, o que não o obrigaria a deixar seu cargo.
O anúncio coincide com um período intenso de negociações diplomáticas no Oriente Médio. Olmert e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas -que no passado também teve câncer de próstata-, chefiarão suas delegações a uma conferência em novembro ou dezembro nos EUA, que Washington quer que faça avançar significativamente o processo de paz e permita criar um Estado palestino.
O governo americano disse ontem que o câncer do premiê não levará ao adiamento da conferência. Porta-voz do Departamento de Estado afirmou que o diagnóstico precoce do câncer torna o restabelecimento de Olmert bastante seguro. A secretária de Estado, Condoleezza Rice, telefonou-lhe e desejou pronto restabelecimento.
O mesmo desejo chegou de Ramallah, Cisjordânia, por meio de um negociador da Autoridade Palestina.

Faixa de Gaza
O procurador-geral de Israel, general Menachem Mazuz, disse ontem que seu país não deveria cortar o fornecimento de eletricidade à faixa de Gaza, território sob o controle do grupo radical islâmico Hamas. Ele afirma que isso tem impacto sobre a população civil.
Mazuz afirmou, no entanto, que podem ser legais outras medidas anunciadas por Israel.
O governo israelense passou domingo a implementar sanções contra o encrave, em razão do reinício do lançamento de foguetes contra seu território.
A União Européia também condenou a "punição coletiva" de 1,5 milhão de palestinos.