|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TERROR
Eles abriram fogo contra um posto de votação do partido Likud no norte do país anteontem, deixando seis mortos
Israel demole casas de dois terroristas
DA REDAÇÃO
Tropas israelenses demoliram
ontem as casas de dois palestinos
que abriram fogo contra um posto de votação do Likud, partido
do primeiro-ministro israelense,
Ariel Sharon, em Beit Shean, no
norte de Israel. O atentado deixou
seis mortos e ao menos 36 feridos.
Os terroristas, que eram primos,
moravam na cidade de Jalbun, na
Cisjordânia.
Nas primárias do Likud, Sharon
foi reeleito para liderar o partido,
derrotando o ex-premiê e atual
chanceler de Israel, Binyamin "Bibi" Netanyahu.
Com a vitória, Sharon permanecerá no cargo de primeiro-ministro caso o seu partido vença as
eleições parlamentares em 28 de
janeiro. O Likud é favorito.
O premiê terá como rival nas
eleições parlamentares o líder trabalhista, Amram Mitzna, que
venceu as primárias do seu partido neste mês.
A Autoridade Nacional Palestina condenou o ataque contra o
posto do Likud. "Essas operações
não servem à causa do povo palestino", disse em comunicado.
"Pelo contrário, elas prejudicam
nossa causa."
Na faixa de Gaza, dois terroristas palestinos dispararam contra
o assentamento judaico de Dolah,
ferindo dois trabalhadores tailandeses e um israelense. Um dos extremistas foi morto.
Uma pesquisa de opinião divulgada ontem pelo Centro Palestino
para Política e Análise de Pesquisa indicou que a maioria dos palestinos é a favor de ataques contra soldados e colonos judeus na
Cisjordânia e na faixa de Gaza,
mas 56% deles apóiam medidas
para pôr fim aos atentados dentro
de Israel. A sondagem também
indicou que 76% dos entrevistados querem o fim da violência por
meio de um acordo.
A pesquisa, realizada entre 14 e
22 de novembro com 1.319 pessoas, tem uma margem de erro de
três pontos percentuais para mais
ou para menos.
O número dois da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, 67, disse ontem que
os palestinos não têm outra alternativa a não ser "negociar" com
Sharon ou "continuar a luta armada" contra Israel.
"O futuro do conflito palestino-israelense continuará pouco claro
se Sharon dirigir Israel outros
quatro anos", afirmou Abbas,
também conhecido como Abbu
Mazen, tido como um possível sucessor de Iasser Arafat na ANP.
Ao menos 1.686 palestinos e 667
israelenses foram mortos desde o
início da Intifada (levante contra a
ocupação israelense) em setembro de 2000.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Cristãos devem agir para "evitar choque de civilizações", diz papa Próximo Texto: Atentado no Quênia será desafio ao Mossad Índice
|