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São Paulo, domingo, 30 de novembro de 2003

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Oportunidade de trabalho e laços de família atraem os imigrantes

DE WASHINGTON

Dois ""ímãs" principais atraem hoje um crescente número de imigrantes para os EUA: trabalho e conexões familiares.
Os EUA admitem entre 800 mil e 1 milhão de imigrantes legais por ano, embora acabem ingressando no país outros 500 mil a 600 mil imigrantes ilegais.
Boa parte dos que chegam vem amparada na lei de imigração, que permite a cada novo imigrante legalizado trazer para o país o cônjuge, os pais e um número ilimitado de filhos menores de 16 anos. Há ainda concessões para o ingresso de filhos maiores de 16 anos e de seus cônjuges e filhos.
No campo dos ilegais, há uma reconhecida leniência das autoridades em encontrar e deportar pessoas. Nos últimos dez anos, o Serviço de Imigração e Naturalização dos EUA deportou 412 mil ilegais, menos de 10% do total que entrou no país no período.
Além do 1,5 milhão de imigrantes que estão entrando por ano nos EUA, outros 750 mil nascimentos de filhos de não-nativos americanos engrossam anualmente a população de origem estrangeira no país.
O fluxo migratório é visto como uma questão de sobrevivência tanto do lado americano, que depende dessa mão-de-obra barata, quando dos países de origem dos imigrantes.
Cerca de 42% dos imigrantes de origem latino-americana enviaram dinheiro a familiares em seu país natal no ano passado, em um total de US$ 30 bilhões -o que ajuda a explicar o nível de pobreza relativa dos imigrantes que vivem nos EUA.
Segundo Donald Terry, gerente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), que realizou a pesquisa, várias economias da América Latina ""simplesmente poderiam entrar em colapso" sem a ajuda financeira que os imigrantes nos EUA fornecem.
Como comparação, os empréstimos oficiais do BID, do Banco Mundial e de alguns programas do governo dos EUA para a América Latina somaram apenas US$ 5 bilhões no ano passado.
A aceleração no ritmo da imigração nos EUA nos dois últimos anos ocorreu a despeito de uma queda significativa na emissão de vistos para visitantes no país, uma potencial porta de entrada de ilegais.
Desde os atentados de 11 de setembro de 2001, houve uma queda na concessão desse tipo de visto de 6,9 milhões de unidades para 4,9 milhões, especialmente para visitantes de países do Oriente Médio, do Paquistão e da Indonésia. (FCz)



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