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Egito fracassa em mediar diálogo palestino
DA REDAÇÃO
Fracassou ontem a primeira
tentativa do ditador egípico,
Hosni Mubarak, de mediar a
disputa entre aos partidos palestinos rivais Fatah e Hamas
pelo controle da fronteira entre
a faixa de Gaza e o Egito.
A crise foi desencadeada há
uma semana, quando militantes do Hamas, que controlam a
faixa de Gaza desde junho passado, explodiram o muro que
separa as partes egípcia e palestina da cidade de Rafah, permitindo a uma multidão de palestinos romper mais de seis meses de bloqueio israelense para
se abastecer no Egito de alimentos e outros produtos.
Depois de autorizar por três
dias o livre fluxo de pessoas e
mercadorias, Mubarak, sob
pressão de Israel e EUA, vem
tentando fechar novamente a
fronteira. Ele busca um acordo
entre o Fatah, grupo secular do
presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e o islâmico Hamas para ajudar as forças egípcias a controlar a fronteira de
Gaza, onde vivem 1,5 milhão de
palestinos.
Depois de se reunir com Mubarak, Abbas descartou ontem
negociar o controle de Gaza
com o Hamas, que chamou de
"partido ilegítimo" e "golpista".
"Não vamos aceitar nenhum
acordo sobre fronteiras", insistiu o presidente, numa referência a acordos internacionais assinados antes da tomada de Gaza pelo Hamas que conferem à
ANP a autoridade sobre a área.
O enviado do Hamas ao Cairo, Mahmoud Zahar, que será
recebido hoje por Mubarak,
também descartou negociar.
"Falar em compartilhar as responsabilidades [sobre Gaza]
contradiz a realidade. E a realidade é que existe um governo
legítimo", disse Zahar, numa
referência à vitória do Hamas
nas eleições legislativas de
2006. Depois do pleito, disputas sobre a repartição de poder
resultaram em confrontos entre os dois partidos, culminando com a batalha de junho passado, quando o Hamas expulsou as forças do Fatah de Gaza e
assumiu o controle da faixa.
Com agências internacionais
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