São Paulo, domingo, 31 de janeiro de 2010

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ARGENTINA

Casa Rosada ignora renúncia de Redrado e mantém ataque

DE BUENOS AIRES

A Casa Rosada criticou ontem o modo como o ex-presidente do Banco Central, Martín Redrado, renunciou ao cargo, na última sexta, e reiterou não aceitar a renúncia. O governo quer ter a primazia de demitir Redrado.
"Para nós, não existe nenhuma renúncia; só um desrespeitoso como esse rapaz apresenta à presidente [Cristina Kirchner] uma renúncia por e-mail", disse Aníbal Fernández, chefe de gabinete de Cristina.
Redrado foi exonerado por um decreto presidencial, no último dia 8. Ele reassumiu por meio de uma medida cautelar, que acolheu seu argumento de que o ato de Cristina fora ilegal, porque ela não ouviu uma comissão do Congresso antes de tomar a decisão, conforme a lei.
A presidente derrubou na Justiça a medida, ao recuar e convocar a comissão, encabeçada pelo vice-presidente da República, Julio Cobos, que preside o Senado e está rompido com Cristina.
Antes de Redrado renunciar, Cobos disse que essa hipótese foi discutida na comissão, em que o economista depôs. Ele foi explicar sua recusa em cumprir decreto presidencial que destina reservas do BC ao pagamento da dívida externa -razão pela qual Cristina o demitiu.
A sentença que derrubou a medida pró- Redrado impede o Executivo de designar novo titular do BC até ouvir o Congresso. (SILVANA ARANTES)


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