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ARGENTINA
Casa Rosada ignora renúncia de Redrado e mantém ataque
DE BUENOS AIRES
A Casa Rosada criticou ontem o modo como o ex-presidente do Banco Central,
Martín Redrado, renunciou
ao cargo, na última sexta, e
reiterou não aceitar a renúncia. O governo quer ter a primazia de demitir Redrado.
"Para nós, não existe nenhuma renúncia; só um desrespeitoso como esse rapaz
apresenta à presidente [Cristina Kirchner] uma renúncia
por e-mail", disse Aníbal
Fernández, chefe de gabinete de Cristina.
Redrado foi exonerado por
um decreto presidencial, no
último dia 8. Ele reassumiu
por meio de uma medida
cautelar, que acolheu seu argumento de que o ato de
Cristina fora ilegal, porque
ela não ouviu uma comissão
do Congresso antes de tomar
a decisão, conforme a lei.
A presidente derrubou na
Justiça a medida, ao recuar e
convocar a comissão, encabeçada pelo vice-presidente
da República, Julio Cobos,
que preside o Senado e está
rompido com Cristina.
Antes de Redrado renunciar, Cobos disse que essa hipótese foi discutida na comissão, em que o economista
depôs. Ele foi explicar sua recusa em cumprir decreto
presidencial que destina reservas do BC ao pagamento
da dívida externa -razão pela qual Cristina o demitiu.
A sentença que derrubou a
medida pró- Redrado impede o Executivo de designar
novo titular do BC até ouvir o
Congresso.
(SILVANA ARANTES)
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