|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Ataque suicida fere ao menos 29 em Tel Aviv
DA REDAÇÃO
Um palestino suicida entrou
num café de Tel Aviv, localizado
num movimentado bairro comercial da cidade, e detonou explosivos que estavam atados a seu
corpo, ferindo ao menos 29 pessoas -cinco em estado grave-
que se encontravam no local, de
acordo com a polícia e com as
equipes de socorro.
Segundo os primeiros relatos da
TV israelense, as Brigadas dos
Mártires de Al Aqsa, uma milícia
ligada ao movimento Fatah -do
líder palestino Iasser Arafat-, assumiram a autoria do ataque.
O suicida foi identificado. Trata-se de um morador da cidade de
Nablus, situada na Cisjordânia, de
acordo com a TV israelense
Channel Two. A explosão ocorreu
por volta de 21h (15h em Brasília).
"Passei pelo local e ouvi a explosão. Fiquei apavorado. Nunca tinha visto nada parecido em toda a
minha vida", afirmou uma testemunha, que não quis identificar-se, ao Channel Two.
Assaf, que acabara de chegar ao
café, afirmou que a explosão tinha
sido muito violenta. "Havia ao
menos três feridos a meu lado. Eu
ajudei a cuidar deles", afirmou
Assaf, que disse ser enfermeiro.
David Baker, um funcionário
do gabinete do primeiro-ministro
de Israel, Ariel Sharon, afirmou
que o governo iria tomar todas as
medidas necessárias, "usando todos os meios possíveis", para pôr
fim aos atentados palestinos. O
ataque a bomba "é a continuação
da campanha assassina" contra os
israelenses, segundo Baker. O
atentado suicida de ontem foi o
terceiro do gênero ocorrido durante a semana.
Na última quarta-feira à noite,
outro palestino suicida entrou
num hotel na cidade costeira de
Netania e detonou explosivos que
estavam atados a seu corpo, provocando a morte de 22 israelenses
que comemoravam a Páscoa judaica (Pessach) e ferindo ao menos 140.
Anteontem, em outro atentado
do gênero -ocorrido num supermercado de Jerusalém-, um
segurança e uma mulher que fazia
compras foram mortos.
O atentado de Netania foi cometido pelo grupo extremista islâmico Hamas. A autoria do de Jerusalém foi assumida pelas Brigadas
dos Mártires de Al Aqsa.
Gideon Ezra, vice-comissário
da polícia israelense, afirmou que
o atentado de ontem tinha feito
com que o governo israelense ficasse ainda mais determinado a
dar continuidade à ofensiva militar iniciada anteontem, que visa a
pôr fim às milícias extremistas islâmicas.
Num primeiro momento, forças israelenses tomaram a cidade
de Ramallah (Cisjordânia), mantiveram Arafat confinado em seu
complexo presidencial e invadiram partes da cidade de Beit Jalla.
"Nossa batalha, nossa guerra
em Ramallah, só acabou de começar", afirmou Ezra, que estava no
local do atentado em Tel Aviv.
"Precisamos tomar novas medidas para impedir a entrada de terroristas em nosso território. Trata-se de uma guerra que não é
convencional. Numa guerra assim, a resposta aos ataques também não pode ser convencional."
Com agências internacionais
Texto Anterior: História: Malvinas vivem contraste com a Argentina Próximo Texto: Bové fala com Arafat e afirma que palestino "prefere morrer a negociar" Índice
|