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AMÉRICA LATINA
57% rejeitam medida
Maioria dos peruanos é contra emergência
DA REDAÇÃO
A maioria dos entrevistados em
uma pesquisa de opinião divulgada ontem no Peru desaprova o estado de emergência decretado pelo presidente Alejandro Toledo
na última segunda-feira.
Segundo levantamento do instituto Apoyo, a partir de entrevistas
com 416 pessoas em Lima, 57%
dos entrevistados são contra a
medida e 39% são a favor.
O governo baixou a medida
diante da escalada dos protestos e
dos bloqueios de estradas realizados por grevistas dos setores de
saúde, educação, agricultura e do
Poder Judiciário, que exigem melhores salários e menos impostos.
O estado de emergência, válido
por 30 dias, restringe a liberdade
de movimento e de reunião e permite a prisão de manifestantes e a
entrada em domicílios sem permissão judicial.
Segundo a pesquisa, com margem de erro de 4,9 pontos percentuais, 71% dos entrevistados
aprovam as greves e os protestos.
Ontem, o governo admitiu a
possibilidade de suspender o estado de emergência se a situação
se acalmar. O presidente Toledo
cancelou viagem aos EUA marcada para a semana que vem.
Anteontem, um estudante morreu em Puno (sul), e dezenas ficaram feridos nos últimos dias. Ontem, houve protestos na cidade,
onde foi declarado luto.
Toledo, 58, tomou posse em
2001 com uma taxa de aprovação
próxima aos 60%. Segundo o instituto Apoyo, sua popularidade
despencou para apenas 15 %.
Ao assumir, ele prometeu instalar no país uma "economia de
mercado com rosto social". Em
dois anos, o Peru saiu da recessão
em que se encontrava -motivada, entre outros motivos, pela desestabilização política do final do
governo Fujimori- e cresceu
5,2% em 2002, a maior taxa da
América Latina.
Mas, segundo analistas, a população não sentiu os efeitos desse
crescimento e continua a enfrentar sérios problemas econômicos.
Com agências internacionais
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