|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Casa Branca confirma pacote de US$ 63 bi em armas para aliados árabes e Israel
DA REDAÇÃO
O governo americano confirmou ontem que pedirá ao Congresso a aprovação de um pacote de US$ 63 bilhões em armas
e ajuda militar para Egito, Israel, Arábia Saudita e mais cinco países do golfo Pérsico. O
anúncio, antecipado no fim de
semana pela imprensa americana, precede a visita da secretária de Estado, Condoleezza
Rice, à região.
O pacote, a ser concretizado
num período de dez anos, enfrenta oposição nos EUA. Os
deputados Anthony Weiner e
Jerrold Nadler, democratas de
Nova York, deram entrevista
em frente ao consulado da Arábia Saudita para anunciar a intenção de rejeitar o pedido.
Seu principal argumento é o
fato de os sauditas serem suspeitos de financiar grupos sunitas que se opõem ao governo
iraquiano, de maioria xiita. Mas
Rice disse que a viagem dela e
do secretário da Defesa, Robert
Gates, visa convencer os aliados a adotar posições "mais
construtivas" no Iraque.
O subsecretário de Estado de
Assuntos Políticos, Nicholas
Burns, disse que a venda de armas pode ajudar a balancear as
"tentativas agressivas do Irã de
dominar o Oriente Médio". Segundo a CIA, o gasto militar iraniano é de cerca de 2,5% do PIB
e o da Arábia Saudita, de 10%.
O pacote será detalhado em
setembro, quando irá ao exame
do Congresso. No caso da Arábia Saudita e de seus vizinhos
no golfo, seriam vendidos em
dez anos armamentos no valor
de até US$ 20 bilhões. Já para
Israel, a ajuda militar passaria
dos atuais US$ 2,4 bilhões para
US$ 3 bilhões anuais, permitindo que o país mantenha sua
vantagem militar sobre as nações árabes com as quais não
tem acordos de paz. O Egito,
país sunita sob pressão de Washington para apoiar o governo
de maioria xiita iraquiano, receberia US$ 13 bilhões em dez
anos.
Com o "New York Times" e agências
internacionais
Texto Anterior: Fome atinge 28% das crianças do Iraque Próximo Texto: Em primeira visita a Bush, Brown reafirma aliança, mas põe limites Índice
|