São Paulo, terça-feira, 31 de julho de 2007

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Casa Branca confirma pacote de US$ 63 bi em armas para aliados árabes e Israel

DA REDAÇÃO

O governo americano confirmou ontem que pedirá ao Congresso a aprovação de um pacote de US$ 63 bilhões em armas e ajuda militar para Egito, Israel, Arábia Saudita e mais cinco países do golfo Pérsico. O anúncio, antecipado no fim de semana pela imprensa americana, precede a visita da secretária de Estado, Condoleezza Rice, à região.
O pacote, a ser concretizado num período de dez anos, enfrenta oposição nos EUA. Os deputados Anthony Weiner e Jerrold Nadler, democratas de Nova York, deram entrevista em frente ao consulado da Arábia Saudita para anunciar a intenção de rejeitar o pedido.
Seu principal argumento é o fato de os sauditas serem suspeitos de financiar grupos sunitas que se opõem ao governo iraquiano, de maioria xiita. Mas Rice disse que a viagem dela e do secretário da Defesa, Robert Gates, visa convencer os aliados a adotar posições "mais construtivas" no Iraque.
O subsecretário de Estado de Assuntos Políticos, Nicholas Burns, disse que a venda de armas pode ajudar a balancear as "tentativas agressivas do Irã de dominar o Oriente Médio". Segundo a CIA, o gasto militar iraniano é de cerca de 2,5% do PIB e o da Arábia Saudita, de 10%.
O pacote será detalhado em setembro, quando irá ao exame do Congresso. No caso da Arábia Saudita e de seus vizinhos no golfo, seriam vendidos em dez anos armamentos no valor de até US$ 20 bilhões. Já para Israel, a ajuda militar passaria dos atuais US$ 2,4 bilhões para US$ 3 bilhões anuais, permitindo que o país mantenha sua vantagem militar sobre as nações árabes com as quais não tem acordos de paz. O Egito, país sunita sob pressão de Washington para apoiar o governo de maioria xiita iraquiano, receberia US$ 13 bilhões em dez anos.


Com o "New York Times" e agências internacionais


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