DE JERUSALÉM

Reforçando a pressão sobre o premiê Binyamin Netanyahu da maioria nacionalista em seu gabinete, o conselho de assentamentos judaicos na Cisjordânia abriu uma campanha para evitar as concessões territoriais exigidas pelos palestinos para chegar a um acordo.
Em anúncios nas páginas dos principais jornais israelenses, os colonos exigem que Netanyahu cumpra sua promessa de retomar as construções na Cisjordânia após a moratória de dez meses, em 26 de setembro. "Não quebre a sua palavra: construa", diz o anúncio.
A campanha começou há pouco mais de um mês, com cartazes espalhados pelas principais cidades do país.
Na véspera de seu embarque, hoje, rumo às negociações em Washington, o premiê manteve a ambiguidade numa reunião de seu partido, o Likud.
Por um lado, disse que quer "uma paz verdadeira" com os palestinos.
Por outro, disse aos membros do partido, muitos tradicionalmente contrários à desocupação dos territórios palestinos: "Vocês não têm com o que se preocupar", numa insinuação de que não manterá a moratória.
Em discurso na TV, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse que "Israel será responsável pelo colapso das negociações se continuar a expansão dos assentamentos nos territórios palestinos ocupados desde 1967." (MN)


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