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IRAQUE SOB TUTELA
Explosão de carro-bomba mata nove; corpo encontrado ontem em Bagdá pertence a refém japonês
Insurgentes matam 8 marines no Iraque
DA REDAÇÃO
No mais sangrento ataque às
forças dos Estados Unidos nos últimos sete meses, oito marines
americanos morreram e nove ficaram feridos na Província de Anbar, a oeste de Bagdá, região que
inclui as cidades de Fallujah e Ramadi. O ataque aconteceu no momento em que o Exército prepara
sua maior ofensiva contra os insurgentes nas duas cidades, mas
não foram divulgadas mais informações sobre as mortes.
Outras sete pessoas morreram e
19 ficaram feridas em um atentado com carro-bomba perto dos
escritórios da rede de TV Al Arabiya, em Bagdá. O local fica a cerca de 250 metros da embaixada
espanhola. Em outro conflito, forças iraquianas atacaram seis carros, depois que comboio americano foi atacado, perto de Haswa, 40
quilômetros ao sul da capital. Pelo
menos 14 pessoas morreram.
A Organização Human Rights
Watch disse ontem que avisou o
Exército americano sobre esconderijo de centenas de ogivas contendo explosivos em maio de
2003, mas que oficiais se mostraram desinteressados e não recolheram o material.
Segundo Peter Bouckaert, que
liderava a missão de emergência,
após ser avisado sobre o armamento, ele procurou por oficiais
americanos. "Passei um bom
tempo tentando fazer alguém se
interessar pelo que dizia." Ele deu
as coordenadas dos esconderijos,
dentro de uma área militar, a 55
quilômetros de Bagdá. Dez dias
depois, quando deixou a região,
ninguém tinha ido ao local.
A denúncia reforça dúvidas sobre a capacidade do Exército de
proteger armas perigosas. Cerca
de 250 mil toneladas de explosivos e munições estão desaparecidas. "Todos pensam na Al Qaeda,
quando o que esteve ao alcance
militar pode manter a guerrilha
ativa por um longo tempo, criando as bombas que são usadas em
ataques diários", disse. Cada ogiva tinha 26 quilos de explosivos.
Reféns
Foi encontrado ontem em Bagdá um corpo decapitado de um civil japonês que havia sido seqüestrado por um grupo terrorista iraquiano. O governo japonês confirmou como sendo o corpo do
refém japonês Shosei Koda,24, segundo a agência de notícias japonesa Kyodo. Horas antes havia sido divulgado um vídeo em que
um insurgente aparecia segurando uma cabeça decepada com feições semelhantes às de Koda.
O Japão havia anunciado antes
que um outro corpo, encontrado
anteontem, não era o de Koda.
O grupo de Abu Musab al Zarqawi, ligado à Al Qaeda, havia
ameaçado na quarta-feira degolar
Koda em 48 horas se o Japão não
retirasse seus soldados do Iraque.
Em outro vídeo divulgado ontem, a refém iraquiana-polonesa
Teresa Borcz fez um apelo para
que a Polônia retirasse seus soldados do Iraque e assim atendesse
às exigências para salvar sua vida.
Borcz, que é casada com um iraquiano, foi seqüestrada na quarta-feira em Bagdá.
Líderes islâmicos pediram a libertação de Margaret Hassan, cidadã irlandesa, inglesa e iraquiana que trabalha há 30 anos no Iraque na ONG Care International.
Ela foi seqüestrada no dia 19.
O Vaticano anunciou que o papa João Paulo 2º receberá o premiê iraquiano, Iyad Allawi, no dia
4 de novembro.
Com agências internacionais
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