DA REDAÇÃO

Os holofotes estão todos sobre George W. Bush e John Kerry, mas existem mais de 200 candidatos à Presidência dos EUA. Dessa multidão, o único que pode fazer um pouco mais do que mera figuração é Ralph Nader, que concorre pela quarta vez ao cargo.
O defensor dos direitos do consumidor mais uma vez é causa de pesadelos aos democratas: ele pode "roubar" de Kerry votos cruciais para derrotar Bush. Em 2000, Nader -que no espectro político fica bem mais próximo dos democratas que dos republicanos- recebeu mais de 97 mil votos na Flórida. Se o candidato independente tivesse atendido aos inúmeros apelos e desistido de sua candidatura em favor de Al Gore, muito poucos duvidam que a maioria de seus eleitores teriam acabado votando no democrata e mudado o resultado da eleição.
Entre as duas centenas de postulantes tem até gente que nem cumpre os requisitos exigidos pela lei para poder ocupar o Salão Oval: ter nascido nos EUA, ter vivido mais de 14 anos no país e ter mais de 35 anos. O Partido dos Trabalhadores Socialistas indicou para encabeçar sua chapa o jornalista Róger Calero, que nasceu na Nicarágua e já enfrentou um processo de deportação.
Também não falta um toque de "celebridade" no time dos nanicos. A candidata a vice-presidente de Charles Jay, do Partido da Escolha Pessoal, é ninguém menos que a ex-deusa do cinema pornô Marilyn Chambers.

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