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São Paulo, domingo, 01 de junho de 2003


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Shoppings oferecem benefícios especiais para prestadores de serviços que mantêm consumidor por perto

Diversidade ajuda a reter os clientes

Fernando Moraes/Folha Imagem
LANCE DE PELE O quiosque de massagem Muraoka, instalado no shopping Frei Caneca, atende a cerca de 220 pessoas por semana em sessões que duram de 15 a 25 minutos e custam de R$ 15 a R$ 25

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Atentos à importância de oferecer a maior quantidade de produtos e de serviços para reter os consumidores por mais tempo, shoppings paulistanos buscam formas inovadoras de agregar facilidades sem perder a sua identidade.
A sintonia com o cliente define o tipo de serviço que o estabelecimento deve abrigar. "É preciso entender o que o consumidor enxerga como satisfação", lembra Luiz Paulo Lopes Favero, do Provar. A região da avenida Paulista, repleta de prédios de escritórios, é promissora para engraxates, exemplifica. Já o cliente do shopping Iguatemi, em que predominam lojas de grifes caras, procura mais por salões de beleza.
Renata Aisen, da Integration Consultoria Empresarial, destaca aspectos do público a serem conhecidos antes do investimento em serviços: faixa etária, número de filhos, busca por status ou por bem-estar. "O shopping deve informar o perfil dos frequentadores. A partir disso, o empreendedor avalia as oportunidades."
Para incentivar a instalação de profissionais de algum setor que considere promissor, o shopping center pode oferecer facilidades, como valor de aluguel mais baixo ou descontos nas taxas de condomínio e no fundo de publicidade, sugere Nabil Sahyoun, da Alshop.

No estacionamento
Em alguns casos, o centro de compras chega a oferecer a estrutura pronta de um quiosque ou deixa de cobrar aluguel do serviço que atrair mais clientes. Jairo Garbi, proprietário da Tennis Pro Shop Jairo, "vendeu" a idéia de uma oficina especializada em raquetes à administração do Eldorado e conseguiu um quiosque. "Abri as portas sem custo inicial porque o shopping acreditou no negócio."
Embora a criação de uma praça de serviços, a exemplo do que acontece com as de alimentação, seja a melhor solução para lojistas e administradores de shoppings, às vezes o centro não dispõe de espaço físico e mantém os serviços na área do estacionamento.
A localização acaba propiciando a diversificação e o desenvolvimento de atividades ligadas a carros, constata Marcos Sérgio de Oliveira Novaes, do Aricanduva. Ali podem ser encontrados um balcão do Detran, corretores de seguro, auto-escola, concessionárias, oficinas e lava-rápido.
É o caso da DryWash, especializada em lavagem a seco de automóveis, que possui 58 de suas 190 unidades instaladas em shopping centers de todo o país.
O consultor Roberto Cintra Leite vê como filões ainda promissores academias de ginástica, escolas de idiomas, serviços médicos e
óticos. Outras atividades que já estão se multiplicando são as de manutenção de celulares, cibercafés, agências de viagem e de câmbio, laboratórios de análises clínicas e consultórios odontológicos.
O dentista Alan Freitas, que atende em três shoppings, explica que os profissionais podem usar o consultório em esquema de rodízio, a fim de contemplar todas as especialidades. Segundo ele, manter a clínica num centro comercial implica comportamento adequado: "É como uma cidade do interior: você cumprimenta todo mundo, facilita parcelamentos e é, de alguma forma, consumidor de seus pacientes". (JG)


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