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MERCADO CALÓRICO
Forasteiros desembarcam atraídos por alta demanda
Redes dos EUA, da Espanha e da
França buscam parceiros no Brasil
DA REPORTAGEM LOCAL
A fama é mundial: o Brasil está entre os cinco primeiros colocados em número de redes.
De olho nessa popularidade,
franquias estrangeiras preparam seu desembarque no país.
Americanos, espanhóis e
franceses estão nessa disputa.
"Agora é que começaram a
vir mais franquias de fora", avalia Claudia Bittencourt, diretora da consultoria Bittencourt.
"O país tem hoje de 10% a 15%
de redes internacionais. Há
cinco anos, o índice era de apenas 5%", complementa Adir Ribeiro, sócio do Grupo Cherto.
A norte-americana Salad
Creations é uma das que acabaram de chegar ao Brasil. Em sete anos, explica Erik Premont,
diretor de desenvolvimento internacional da consultoria
americana EGS, a meta é abrir
50 unidades em sete Estados.
"Buscamos uma pessoa com
recursos financeiros, que tenha
experiência na área de alimentação e que atue no negócio."
Dos EUA, há pelo menos nove redes interessadas em aterrissar no mercado brasileiro
-vão de empresa de recarregamento de cartuchos de impressora a firma de treinamentos
(veja lista de opções na pág. 4).
Só o diretor sênior da consultoria norte-americana Charles
Weeks é um dos responsáveis
pela investida de seis redes.
Todas estão em busca de um
master franqueado -empresário que represente a marca e
seja responsável pelo desenvolvimento da franquia no país.
Depois de encontrado o empreendedor, Week calcula que
a abertura de franquias dessas
redes leve de um a dois anos.
O tempo para fechar com um
master franqueado brasileiro,
no entanto, é imprevisível.
Para poucos
Os valores são proibitivos para muitos empreendedores.
Vão de US$ 300 mil, em uma
master franquia de limpeza, a
US$ 5 milhões, preço máximo
de uma loja em que o consumidor monta seu bicho de pelúcia.
Para a diretora de expansão
da rede de roupas infanto-juvenis Neck & Neck, María Zamácola Ballestero, "o preço é uma
das principais barreiras na busca de um master franqueado".
Raphaël Allemand, diretor
da EOC International, concorda. O grupo, diz ele, tenta trazer
ao Brasil a Hippopotamus, rede
de restaurante francesa.
"O investimento é alto [de R$
1,8 milhão] e há muita oferta de
pequenas franquias aqui."
(RB)
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