São Paulo, domingo, 03 de fevereiro de 2008


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Empresários substituem xaxim por fibra de coco

IGOR GIANNASI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Eureca: do que parecia ter virado um problema, com gastos acima do esperado, surgiu a solução ecologicamente correta. Esse é o resumo do empreendimento dos sócios da Coco Verde RJ, o catarinense Philippe Jean Henri Mayer, 47, e o gaúcho Edimilson Gonçalves, 40.
O primeiro contato deles com o coco verde aconteceu no Rio de Janeiro, há 15 anos, quando trabalhavam na Ceasa (Centrais de Abastecimento do Rio de Janeiro). Mais tarde, em 1999, os sócios resolveram mudar de ramo e abriram a empresa, até então somente para distribuir a fruta.
A virada do negócio ocorreu quando constataram que o custo de contratar uma empresa de coleta seletiva para recolher o resíduo sólido havia ficado muito elevado. "Resolvemos um problema, mas criamos outros", recorda Gonçalves.
Na busca por uma destinação para o produto descartado, descobriram que o coco verde dilacerado e tratado poderia se transformar em um substrato. No entanto, esse material não era comercialmente satisfatório, uma vez que é pobre em matéria orgânica e nutrientes.
A idéia foi, então, produzir uma alternativa para o uso do xaxim, planta ameaçada de extinção, com vasos, placas e estacas feitos da fibra do coco verde. "Tudo foi criado e desenvolvido pela empresa, não tivemos apoio nenhum", diz Gonçalves.
O caminho foi longo até o negócio tornar-se rentável, no final de 2002, quando, conta o empresário gaúcho, "as pessoas tomaram consciência de que estavam usando um produto ilegal", o xaxim, e a produção pôde ser feita em escala maior.
Atualmente a empresa conta com cem funcionários. Cerca de 30% da produção dos artefatos para paisagismo é exportada. "É um produto muito aceito na Europa", afirma Gonçalves.


NA INTERNET -
www.cocoverderj.com.br



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