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Empresários substituem xaxim por fibra de coco
IGOR GIANNASI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Eureca: do que parecia ter virado um problema, com gastos
acima do esperado, surgiu a solução ecologicamente correta.
Esse é o resumo do empreendimento dos sócios da Coco Verde RJ, o catarinense Philippe
Jean Henri Mayer, 47, e o gaúcho Edimilson Gonçalves, 40.
O primeiro contato deles
com o coco verde aconteceu
no Rio de Janeiro, há 15 anos,
quando trabalhavam na Ceasa
(Centrais de Abastecimento do
Rio de Janeiro). Mais tarde, em
1999, os sócios resolveram mudar de ramo e abriram a empresa, até então somente para distribuir a fruta.
A virada do negócio ocorreu
quando constataram que o custo de contratar uma empresa
de coleta seletiva para recolher
o resíduo sólido havia ficado
muito elevado. "Resolvemos
um problema, mas criamos outros", recorda Gonçalves.
Na busca por uma destinação
para o produto descartado, descobriram que o coco verde dilacerado e tratado poderia se
transformar em um substrato.
No entanto, esse material não
era comercialmente satisfatório, uma vez que é pobre em
matéria orgânica e nutrientes.
A idéia foi, então, produzir
uma alternativa para o uso do
xaxim, planta ameaçada de extinção, com vasos, placas e estacas feitos da fibra do coco verde. "Tudo foi criado e desenvolvido pela empresa, não tivemos
apoio nenhum", diz Gonçalves.
O caminho foi longo até o negócio tornar-se rentável, no final de 2002, quando, conta o
empresário gaúcho, "as pessoas
tomaram consciência de que
estavam usando um produto
ilegal", o xaxim, e a produção
pôde ser feita em escala maior.
Atualmente a empresa conta
com cem funcionários. Cerca
de 30% da produção dos artefatos para paisagismo é exportada. "É um produto muito aceito
na Europa", afirma Gonçalves.
NA INTERNET -
www.cocoverderj.com.br
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