Máquina de livros vende 15 mil obras por mês

Renato Stockler/Folha Imagem

O empresário Fábio Bueno Netto quer expandir por franquias

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A idéia de vender livros a preços baixos já estava na cabeça de Fábio Bueno Netto, 48, havia algum tempo quando, em 2000, a solução apareceu: ao passar em frente a uma máquina de salgadinhos, descobriu o seu canal de distribuição.
Foram mais de dois anos de preparação. "Como as pessoas não compram o mesmo livro duas vezes, o estudo do produto teve de ser feito com mais profundidade do que o de um pacote de amendoim", conta Netto.
Em março de 2003, a 24x7 Cultural começou a vender títulos a preços que variam de R$ 1 a R$ 20. Hoje, são mais de 20 máquinas espalhadas em shopping centers e em metrôs.
"O preço baixo atrai consumidores que, até então, não tinham o hábito de ler", afirma. A 24x7 Cultural vende, por mês, cerca de 15 mil livros. "Nosso objetivo é melhorar os índices de alfabetização funcional de forma lucrativa, incentivando a leitura e formando leitores", acrescenta Netto.
A saída -ao mesmo tempo sustentável e criativa- que o empresário encontrou rendeu reconhecimento internacional. Em 2007, a máquina de vender livros foi eleita pelo grupo norte-americano Monitor uma das 101 inovações mundiais dos últimos tempos -ao lado de marcas como Linux e Havaianas.
Netto, que fez medicina, diz que nunca deixou de ser médico. "Atendo "no atacado". O hábito da leitura ajuda a melhorar o discernimento das pessoas e a aumentar a segurança no trabalho, além de dar ao leitor consciência de cidadania." (DB)