Grandes distribuidores organizam redes e oferecem consultoria e cursos

Alessandro Shinoda/Folhapress

José Augusto Saraiva redesenhou seu supermercado em SP e alterou o "mix" de produtos com a ajuda de um atacadista

JORDANA VIOTTO
DE SÃO PAULO

Os pequenos supermercados, as mercearias e as lojas de conveniência responderam por 53,8% do faturamento dos atacadistas em 2009.
Os números da pesquisa realizada pela Nielsen em parceria com a Abad (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados) mostram o peso do pequeno varejo para esse segmento.
Para melhorar o desempenho desses estabelecimentos -e, por tabela, o seu-, atacadistas criam iniciativas para profissionalizá-los.
"A ideia é que as lojas melhorem o sortimento, a gestão do estoque e o atendimento ao consumidor", afirma Carlos Eduardo Severini, presidente da Abad.
O atacadista Martins, de Uberlândia (MG), é considerado pelo mercado pioneiro nesse tipo de ação. Em julho de 2000, lançou a bandeira Rede Smart, que associa supermercados em 20 Estados e no Distrito Federal.
Eles mantêm a marca original e a gestão independente, mas adotam uma padronização visual que os identifica como membros da rede.

MODERNIZAÇÃO
Os estabelecimentos recebem consultoria para modernizar a loja, jornais de ofertas, material de merchandising e treinamento para capacitação em gestão.
Um dos participantes é o Supermercado Saraiva, que integrou a rede em 2005. "Será difícil sobreviver sozinho", afirma o sócio José Augusto Saraiva, 49.
Para ele, o principal desafio é atender a um consumidor "muito exigente". Saraiva conta o caso de um comprador que deixou uma cesta cheia de produtos porque não achou o sabão em pó na fragrância que a mulher queria. "Ofereci outras fragrâncias da mesma marca, e ele tentou convencê-la por telefone, mas não conseguiu."


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