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CALENDÁRIO 2009
Com crise, feiras devem ganhar força, diz Ubrafe
Países da América Latina terão calendário comum para eventos
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Com a exigência crescente de
redução de custos e de busca
por novos clientes, o papel das
feiras deve aumentar em 2009.
Essa é a opinião tanto de Juan
Pablo De Vera, presidente da
Alcântara Machado, como de
Armando Campo Mello, diretor da Ubrafe (União Brasileira
dos Promotores de Feiras).
A tese de ambos é que, com a
necessidade de corte de gastos,
causada pela crise financeira
mundial, as feiras ganham força por concentrarem o empenho das vendas, economizando
em viagens, por exemplo.
"Em 2008, organizamos 24
desses eventos; em 2009, serão
30. Cresceremos cerca de 17%
em estandes", afirma De Vera.
Boa parte dos espaços, ressaltam os executivos, já está
vendida para este ano. "A Couromoda está com fila", conta
Mello. "A Feicon [da construção] está 25% maior do que em
2008, e a Agrishow, em maio,
está 87% vendida", diz De Vera.
Deve-se ressaltar, porém,
que diversas feiras começaram
a ser negociadas bem antes de
a crise estourar, em setembro.
Dieter Brockhausen, diretor
da FIT (roupas infanto-juvenis), que teve 80% da próxima
edição vendida "depois da crise", diz acreditar na mudança
de perfil dos compradores.
"Eles devem ficar mais dias na
feira, pechinchando mais."
O consultor Eraldo dos Santos, do Sebrae, é menos otimista: "As feiras refletem o setor.
Se ele vai mal, as vendas caem".
Calendário continental
No início de dezembro, representantes do setor de eventos do Brasil, Equador, Colômbia, El Salvador, Panamá e México se reuniram em São Paulo
para avaliar o ano de 2008.
Eles decidiram, junto com a
Afida (Associação Internacional de Feiras da América), que
será oferecido no site da entidade (www.afida.org), até o
fim deste mês, um calendário
com as feiras dos 32 afiliados.
"Vai ser o primeiro calendário [da Afida] a incluir as feiras
do Brasil", comenta a diretora-executiva Ana Maria Arango.
O Brasil representa mais da
metade do mercado de toda a
região, e a capital paulista, 75%
do segmento nacional. A participação do país na América Latina, dizem especialistas ouvidos pela Folha, seguirá alta.
Com exceção do México, "os
países estão otimistas quanto à
reação do mercado de feiras
diante da crise", diz Arango.
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