São Paulo, domingo, 04 de janeiro de 2009


Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CALENDÁRIO 2009

Com crise, feiras devem ganhar força, diz Ubrafe

Países da América Latina terão calendário comum para eventos

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com a exigência crescente de redução de custos e de busca por novos clientes, o papel das feiras deve aumentar em 2009.
Essa é a opinião tanto de Juan Pablo De Vera, presidente da Alcântara Machado, como de Armando Campo Mello, diretor da Ubrafe (União Brasileira dos Promotores de Feiras).
A tese de ambos é que, com a necessidade de corte de gastos, causada pela crise financeira mundial, as feiras ganham força por concentrarem o empenho das vendas, economizando em viagens, por exemplo.
"Em 2008, organizamos 24 desses eventos; em 2009, serão 30. Cresceremos cerca de 17% em estandes", afirma De Vera.
Boa parte dos espaços, ressaltam os executivos, já está vendida para este ano. "A Couromoda está com fila", conta Mello. "A Feicon [da construção] está 25% maior do que em 2008, e a Agrishow, em maio, está 87% vendida", diz De Vera.
Deve-se ressaltar, porém, que diversas feiras começaram a ser negociadas bem antes de a crise estourar, em setembro.
Dieter Brockhausen, diretor da FIT (roupas infanto-juvenis), que teve 80% da próxima edição vendida "depois da crise", diz acreditar na mudança de perfil dos compradores. "Eles devem ficar mais dias na feira, pechinchando mais."
O consultor Eraldo dos Santos, do Sebrae, é menos otimista: "As feiras refletem o setor. Se ele vai mal, as vendas caem".

Calendário continental
No início de dezembro, representantes do setor de eventos do Brasil, Equador, Colômbia, El Salvador, Panamá e México se reuniram em São Paulo para avaliar o ano de 2008.
Eles decidiram, junto com a Afida (Associação Internacional de Feiras da América), que será oferecido no site da entidade (www.afida.org), até o fim deste mês, um calendário com as feiras dos 32 afiliados.
"Vai ser o primeiro calendário [da Afida] a incluir as feiras do Brasil", comenta a diretora-executiva Ana Maria Arango.
O Brasil representa mais da metade do mercado de toda a região, e a capital paulista, 75% do segmento nacional. A participação do país na América Latina, dizem especialistas ouvidos pela Folha, seguirá alta.
Com exceção do México, "os países estão otimistas quanto à reação do mercado de feiras diante da crise", diz Arango.


Texto Anterior: Confecção busca exposição de marca fora da capital paulista
Próximo Texto: Estratégia será concretizar negócio em evento de cliente
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.