São Paulo, domingo, 06 de junho de 2004


Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Recicladores reinvindicam incentivos fiscais

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Apesar das muitas apostas e investimentos no setor, a maioria dos recicladores afirma que a falta de incentivos governamentais à atividade de comércio de sucatas e reciclagem tem sido um obstáculo para um crescimento mais acentuado.
"Uma empresa que faz reciclagem tem os mesmos encargos que qualquer outra. Não deveria ser assim, pois estamos evitando que o lixo seja jogado em um aterro e que polua o ambiente", diz von Zuben, da Tetra Pak.
Outra queixa é que, além de não haver incentivos fiscais, também não existem incentivos financeiros, como linhas de crédito específicas ou financiamentos.
"Deveria haver uma política que facilitasse investimentos no setor. Só na reciclagem de alumínio movimentamos R$ 850 milhões por ano", diz José Roberto Giosa, da Tomra Latasa.
"No final das contas, do ponto de vista tributário parece mais vantajoso lidar com o material não-reciclado", diz Lúcio Padreca, secretário da Aberp (Associação Brasileira das Indústrias de Reciclagem de Papel).
Segundo Gilmey Viana, 58, secretário de Desenvolvimento Sutentável, órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, já estão em análise alguns projetos para melhorar essa situação.
Os planos vão de políticas de crédito sustentável, com bonificação para redução de encargos financeiros de empresas politicamente corretas, a incentivos para aquelas que cuidam para que seus ciclos produtivos não afetem o ambiente. As mudanças, de acordo com Viana, devem ocorrer até o final do ano.


Texto Anterior: Reciclagem: Grandes e pequenas criam dependência
Próximo Texto: Decoração & informação: Loja mistura arte com folhetos e vídeos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.