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Um recado dos grandes fornecedores para o pequeno e o médio varejo: há interesse em aumentar parcerias de marketing nos pontos-de-venda de menor porte, considerados um bom nicho.
No caso das bebidas, a venda em bares, minimercados e similares representa 70% do faturamento desses estabelecimentos. No setor de chocolates, biscoitos e lanches, o movimento no pequeno varejo é responsável por 45%.
Os dados são de duas gigantes -Ambev (Brahma e Antarctica) e Kraft Foods (Lacta e Maguary)-, que participam do painel "Como Atingir o Pequeno Varejo", parte da programação do Grande Encontro do Marketing no Varejo, que começa amanhã.
O evento apresentará ainda uma pesquisa sobre o comportamento do consumidor no pequeno varejo (veja quadro ao lado).
Para o presidente do Popai (Instituto de Propaganda no Ponto de Compra), Ronald Peach Junior, o pequeno varejo pode tomar iniciativa na sugestão de ações.
"Se o lojista propuser uma ação para aumentar em 20% as vendas, é claro que o fornecedor topa."
Para o gerente de "trade marketing" da Kraft, Márcio Salvadego, o varejista tem de identificar quais dos fornecedores são melhores para estabelecer parceria. "Pode ser um grande empresário ou até um atacadista da região."
Antes de se candidatar às parcerias, porém, é preciso cumprir alguns quesitos: as lojas devem estar limpas, com prateleiras organizadas, com bom layout e luminosidade. O varejista tem de ser capaz de monitorar os resultados das ações de marketing. "Com um contador de código de barras, o lojista pode saber quanto um produto vendeu a mais por estar na ponta da gôndola", diz Peach.