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equipamentos
Climatizadores exigem pesquisa antes da compra
Ambiente e potência de aparelho devem ser avaliados
MARIA CAROLINA NOMURA
DA REPORTAGEM LOCAL
A previsão é que as altas temperaturas imperem até o fim do
mês, quando acaba o verão.
Mas, antes de o empresário
comprar um equipamento para
garantir um bom clima no seu
negócio, é preciso pesquisar,
além do preço, se o produto é o
indicado para o ambiente.
Ventiladores, por exemplo,
apesar de mais baratos, não
resfriam. "Só ajudam na circulação de ar", explica Osvaldo
Alves, presidente do departamento de projetistas da Abrava
(Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado,
Ventilação e Aquecimento).
Se o ambiente for fechado,
melhor optar pelo ar-condicionado, diz André Araújo, coautor do Portal da Refrigeração,
site com dicas de instalação de
climatizadores. "Ele reduz a
temperatura e aumenta a produtividade dos funcionários."
No entanto, antes de investir
e adquirir o equipamento,
Araújo aconselha a verificar a
carga térmica para saber qual é
a potência ideal -que deve estar discriminada no aparelho-
para o ambiente, além do custo
da instalação.
O preço é outro elemento a
ser pesquisado, orienta Maíra
Feltrin, advogada do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor). "Esses aparelhos são a demanda do momento. É natural
que estejam mais caros. O consumidor deve verificar também
o tempo de garantia e se o manual está em português."
A escolha do empresário
Dante do Carmo, 35, dono de
uma escola de inglês, foi mesclar ar-condicionado e ventiladores. Por R$ 1.000, comprou e
instalou um ar-condicionado
de janela em uma sala e, nas outras, colocou ventiladores. "Sairia muito caro quebrar as paredes de todas as salas, além da
energia que seria consumida."
Para Osvaldo Alves, nesses
casos, é possível investir nos
"splits". "A instalação não pressupõe quebra de parede."
Sem derreter
Por fim, o empresário deve
considerar os umidificadores
de ar, ideais para climas mais
áridos, segundo Alves. "O ar de
fora passa por uma cortina de
água no aparelho e se resfria."
Essa foi a aposta de Robson
Maciel, 43, dono do Mercado
Mascote, que investiu R$ 4.500
em duas peças. "Com o ar-condicionado, as portas ficariam
fechadas. Isso inibe o cliente",
destaca o empresário.
Maciel conta que o sistema
chegou na hora certa, antes da
Páscoa. "Os chocolates são
mais sensíveis à temperatura."
Alves orienta a ter cuidados
na manutenção. "É preciso ficar atento para não acumular
água na bandeja. Ela pode se
tornar foco de doenças."
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