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gestão
Grupos exportadores do setor de calçados duplicam em 2010
Empresas de componentes para sapatos miram Ásia
ANDRÉ LOBATO
DA REPORTAGEM LOCAL
O setor brasileiro de componentes de calçados pretende
dobrar, para 20, o número de
consórcios exportadores, com
dez a 12 micro e pequenas empresas cada um.
Nos últimos oito anos, foram
criados dez grupos, mas esta
marca deve ser batida agora de
uma única vez, afirma Ilse Biason Guimarães, superintendente da Assintecal (Associação Brasileira de Empresas de
Componentes para Couro, Calçados e Artefatos).
Para o coordenador de pós-graduação da Trevisan Escola
de Negócios, Olavo Henrique
Furtado, o consórcio é uma das
maneiras mais fáceis de micro e
pequenas empresas ingressarem no mercado internacional.
Aos mercados-alvo tradicionais -Argentina, China, Colômbia, Equador e Peru- soma-se outro, o da Índia.
"É um país novo para nós.
Já fizemos um trabalho de inteligência de negócio que foi premiado e agora vamos executá-lo", destaca Guimarães.
No país asiático, o Brasil ingressa em uma cadeia global de
produção de calçados.
Empresas alemãs com fábrica na Índia estabelecem os padrões dos componentes com os
brasileiros, que produzem as
peças -principalmente sapatos de segurança e proteção.
Elas seguem para a Índia, onde
os calçados são montados e depois exportados para a Europa,
explica Ariane Almeida, responsável pela exportação comercial da ITM, umas das precursoras no destino.
Para fugir da competição de
outro país asiático, a China, a
solução é inovar no desenho e
na brasilidade, explica Walter
Rodrigues, coordenador de design da Assintecal.
Brasilidade
"Não adianta copiar [os modelos europeus]. Isso os chineses fazem melhor do que nós",
analisa Rodrigues. Segundo ele,
"não se trata de fazer [produtos
que retratam] um Brasil folclórico, mas o que usamos aqui".
Nesse caso, explica, as empresas evitam a moda "exótica", buscando exportar o que
é consumido internamente.
A coleção verão 2012 será
discutida em julho, no InspiraMais (www.inspiramais.com.br), mas há algumas apostas.
Uma delas, na marchetaria,
com aplicações de pedras ou
acrílico. A "inventividade do
salto alto" é outra. Por fim, peças de laminados sintéticos.
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