São Paulo, domingo, 09 de maio de 2010


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gestão

Grupos exportadores do setor de calçados duplicam em 2010

Empresas de componentes para sapatos miram Ásia

ANDRÉ LOBATO
DA REPORTAGEM LOCAL

O setor brasileiro de componentes de calçados pretende dobrar, para 20, o número de consórcios exportadores, com dez a 12 micro e pequenas empresas cada um.
Nos últimos oito anos, foram criados dez grupos, mas esta marca deve ser batida agora de uma única vez, afirma Ilse Biason Guimarães, superintendente da Assintecal (Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos).
Para o coordenador de pós-graduação da Trevisan Escola de Negócios, Olavo Henrique Furtado, o consórcio é uma das maneiras mais fáceis de micro e pequenas empresas ingressarem no mercado internacional.
Aos mercados-alvo tradicionais -Argentina, China, Colômbia, Equador e Peru- soma-se outro, o da Índia.
"É um país novo para nós. Já fizemos um trabalho de inteligência de negócio que foi premiado e agora vamos executá-lo", destaca Guimarães.
No país asiático, o Brasil ingressa em uma cadeia global de produção de calçados.
Empresas alemãs com fábrica na Índia estabelecem os padrões dos componentes com os brasileiros, que produzem as peças -principalmente sapatos de segurança e proteção. Elas seguem para a Índia, onde os calçados são montados e depois exportados para a Europa, explica Ariane Almeida, responsável pela exportação comercial da ITM, umas das precursoras no destino.
Para fugir da competição de outro país asiático, a China, a solução é inovar no desenho e na brasilidade, explica Walter Rodrigues, coordenador de design da Assintecal.

Brasilidade
"Não adianta copiar [os modelos europeus]. Isso os chineses fazem melhor do que nós", analisa Rodrigues. Segundo ele, "não se trata de fazer [produtos que retratam] um Brasil folclórico, mas o que usamos aqui".
Nesse caso, explica, as empresas evitam a moda "exótica", buscando exportar o que é consumido internamente.
A coleção verão 2012 será discutida em julho, no InspiraMais (www.inspiramais.com.br), mas há algumas apostas.
Uma delas, na marchetaria, com aplicações de pedras ou acrílico. A "inventividade do salto alto" é outra. Por fim, peças de laminados sintéticos.


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