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Há três maneiras de uma empresa atingir sua meta de capitalização: contar com recursos de terceiros, converter em investimentos bens do patrimônio pessoal dos sócios ou gerar por si mesma o lucro necessário. A última alternativa é, sem dúvida, a melhor.
Aumentando o lucro, a firma escapa dos juros bancários e poupa o patrimônio dos sócios. Até aqui, nenhuma novidade para quem tem um negócio e enfrenta as dificuldades do mercado.
O primeiro passo para aumentar o lucro, ensinam especialistas, é conhecer bem a situação da empresa. Por mais incrível que pareça, segundo o Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo), a maioria dos pequenos empresários não sabe se seu negócio dá lucro suficiente e, por esse motivo, pode estar operando no vermelho sem saber (veja quadro na pág. 3).
Calculados o lucro ideal e o lucro mínimo necessário à sobrevivência da empresa, o foco deve ser o aumento da produtividade, que não implica necessariamente aumento de vendas. O caminho é treinar funcionários para não desperdiçar matéria-prima e para não ter de refazer serviços.
Manter uma estrutura de custos adequada também é importante, sempre com o desafio de manter a qualidade, ensina o consultor financeiro José Carlos Cavalcante. "Quando o gasto fixo é maior do que 30% das vendas mensais, é quase certo que a empresa esteja no vermelho." Reavaliar o pro-labore e a retirada dos sócios também seriam pontos essenciais.
A recomendação é a de que o pro-labore (devido somente aos sócios que trabalham na empresa) seja fixo e adequado à capacidade de pagamento da empresa. As retiradas de lucro, segundo o consultor, devem ocorrer a cada seis ou a cada quatro meses, guardando sempre 50% do lucro para recapitalização da empresa.
Outra dica é adotar estratégias que reduzam o ciclo financeiro da empresa. Para calcular o ciclo, basta somar o tempo médio de estoque de mercadorias e o tempo médio para receber vendas a prazo e subtrair o prazo médio de pagamento a fornecedores.


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