São Paulo, domingo, 11 de julho de 2004


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Da Broadway para o mundo dos negócios

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O berço dos investidores-anjo, de acordo com Pimenta-Bueno, foi a Broadway, no começo do século passado. Naquela época, musicais e peças de teatro que queriam entrar no circuito artístico mais cobiçado contavam com o auxílio de pessoas endinheiradas, que os transformavam em espetáculos luxuosos.
"Esses foram os primeiros "anjos", que migraram para o mundo dos negócios propriamente dito uns 50 anos depois", afirma o professor. "Eles entraram para preencher uma lacuna, pois quem não tem estatura não tem acesso ao mercado financeiro. E esse gargalo retarda o crescimento das empresas."
Estimativas apontam que atualmente existem quase 250 mil pessoas desempenhando esse tipo de atividade nos Estados Unidos. Os "anjos" também se espalharam por outros países desenvolvidos, principalmente na Europa. No Brasil, o movimento foi mais lento. "Somos um país de capitalismo tardio, sobretudo quando pensamos em desenvolvimento tecnológico", diz Pimenta-Bueno.
Nos Estados Unidos, o papel desses investidores é altamente reconhecido. "Os "anjos" são verdadeiros fomentadores da economia norte-americana, são agentes responsáveis pelo crescimento do país", diz Rafael Duton, diretor-executivo da nTime, que desenvolve softwares para entretenimento e gerenciamento de informações através de celulares. A empresa, que nasceu na incubadora da PUC-RJ, também deve aos "anjos" sua consolidação no mercado.


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