São Paulo, domingo, 14 de março de 2004


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EXPORTAÇÃO

Estimativa da Abimóvel leva em conta crescimento de 23,5% em 2003 e alta demanda

Setor moveleiro quer faturar 25% mais

BRUNA MARTINS FONTES
ENVIADA ESPECIAL AO RIO GRANDE DO SUL

No cenário das exportações, os móveis desempenham mais do que um papel decorativo. Após crescer 23,5% em 2003, a previsão do setor é aumentar o faturamento em 25% neste ano, segundo a Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário).
"Os mais exportados são os de madeira maciça, para os EUA e para a Europa. Há boas perspectivas para móveis em MDF, estofados e linhas para escritórios", diz Pedro Pamplona, diretor-executivo do Promóvel, programa de capacitação para exportação.
O mercado que mais cresce, percentualmente, é o árabe. "No ano passado, as vendas aumentaram em 256%, e há potencial de ampliação", afirma Pamplona.
Mesmo já sendo nosso maior comprador e destino de 40% das exportações, os EUA são o país apontado pela designer italiana Simona Ciancetta como pólo de oportunidades para brasileiros. Ela afirma que a Itália perdeu quase 50% de seu mercado.

Subestimado
"O design italiano passa por uma crise de inovação, por ter atingido um alto grau de excelência", diz a dona da Via Solferino, que montou a rede de distribuição da Edra nos EUA. "O brasileiro subestima sua cultura, em alta. A criatividade e o uso de materiais típicos são muito valorizados."
De olho nesse mercado, a Terra do Brazil conseguiu um parceiro norte-americano para investir US$ 2 milhões na montagem de showroom, estoque e assistência técnica em Miami. A proposta é vender, com exclusividade, peças de designers brasileiros para hotéis e restaurantes.
Quem aposta no mercado internacional deve enxergar o design além das aparências. "É fundamental entender os hábitos e a cultura do consumidor", alerta Charles Bezerra, diretor da DSR (consultoria em design). O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) oferece um programa de consultoria no ramo, o Via Design.
Em 2005, o Salão do Móvel muda-se para São Paulo. "É a preferência dos visitantes", explica Telmo Gomes, 40, diretor da feira, que será realizada em março. Um atrativo para os expositores será o preço mais baixo do metro quadrado: de R$ 211 por R$ 147. Informações: 0/xx/54/286-9900.


A repórter Bruna Martins Fontes viajou a convite da organização do Salão do Móvel e da Movelsul


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