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EM PRATOS LIMPOS
Práticas de higiene garantem clientela
Cai número de interdições por problemas de limpeza
IGOR GIANNASI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O crime da sujeira não compensa. Manter boas práticas de
higiene em estabelecimentos
como restaurantes e lanchonetes não só segue as regras municipais de manipulação de alimentos mas também ajuda a
agradar e a reter o cliente.
Em 2007, o número de empresas desse setor que receberam auto de infração da Vigilância Sanitária na cidade de
São Paulo aumentou 38% em
relação ao registrado em 2006.
Foram 1.056 autuados por
não obedecerem ao regulamento de boas práticas, ante
765 no ano anterior.
A boa notícia é que houve
menos casos de interdição total
(238 contra 307) e parcial (83
ante 129), pois as empresas
conseguiram se adequar às
regras dentro do prazo permitido após a primeira vistoria.
Especialistas ouvidos pela
Folha afirmam que os empresários desse segmento estão
mais conscientes e preocupados com a segurança alimentar.
Cumprindo as normas da
Covisa (Coordenação de Vigilância em Saúde), da Secretaria
Municipal de Saúde, além de
evitar problemas com a fiscalização, as empresas conquistam
o cliente, já que demonstram
preocupação com a sua saúde.
"Se não houver o comprometimento do dono do negócio, é
muito difícil que ele tenha um
resultado positivo", comenta
Evelin Astolpho, coordenadora
do programa de incubadoras de
empresas do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro
e Pequenas Empresas).
Para que os empresários do
setor saibam as normas, a legislação exige de empresas de micro e pequeno porte que um
funcionário participe de um
curso de boas práticas.
As aulas são dadas pela Vigilância Sanitária e por instituições reconhecidas pelo MEC
(Ministério da Educação) ou
pela Secretaria Estadual de
Educação. Pelo telefone 156, da
prefeitura, pode-se consultar
os cursos autorizados.
Conscientes
Na confeitaria Christina, um
funcionário fez o curso e repassou os ensinamentos aos outros empregados. "Se não formos conscientes, isso vai repercutir nos produtos e acabar estragando o nome da confeitaria", diz o dono, Ralf Hatt.
Antes da abertura, há quatro
meses, o restaurante BeFresh
contou com uma consultoria
para ficar de acordo com as
normas de higiene.
A disposição dos equipamentos da cozinha foi projetada para que não ocorra o cruzamento dos materiais da parte suja
(onde ficam utensílios já utilizados) com os da limpa (onde
os alimentos são preparados).
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