São Paulo, domingo, 17 de fevereiro de 2008


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EM PRATOS LIMPOS

Práticas de higiene garantem clientela

Cai número de interdições por problemas de limpeza

IGOR GIANNASI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O crime da sujeira não compensa. Manter boas práticas de higiene em estabelecimentos como restaurantes e lanchonetes não só segue as regras municipais de manipulação de alimentos mas também ajuda a agradar e a reter o cliente.
Em 2007, o número de empresas desse setor que receberam auto de infração da Vigilância Sanitária na cidade de São Paulo aumentou 38% em relação ao registrado em 2006.
Foram 1.056 autuados por não obedecerem ao regulamento de boas práticas, ante 765 no ano anterior.
A boa notícia é que houve menos casos de interdição total (238 contra 307) e parcial (83 ante 129), pois as empresas conseguiram se adequar às regras dentro do prazo permitido após a primeira vistoria.
Especialistas ouvidos pela Folha afirmam que os empresários desse segmento estão mais conscientes e preocupados com a segurança alimentar.
Cumprindo as normas da Covisa (Coordenação de Vigilância em Saúde), da Secretaria Municipal de Saúde, além de evitar problemas com a fiscalização, as empresas conquistam o cliente, já que demonstram preocupação com a sua saúde.
"Se não houver o comprometimento do dono do negócio, é muito difícil que ele tenha um resultado positivo", comenta Evelin Astolpho, coordenadora do programa de incubadoras de empresas do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Para que os empresários do setor saibam as normas, a legislação exige de empresas de micro e pequeno porte que um funcionário participe de um curso de boas práticas.
As aulas são dadas pela Vigilância Sanitária e por instituições reconhecidas pelo MEC (Ministério da Educação) ou pela Secretaria Estadual de Educação. Pelo telefone 156, da prefeitura, pode-se consultar os cursos autorizados.

Conscientes
Na confeitaria Christina, um funcionário fez o curso e repassou os ensinamentos aos outros empregados. "Se não formos conscientes, isso vai repercutir nos produtos e acabar estragando o nome da confeitaria", diz o dono, Ralf Hatt.
Antes da abertura, há quatro meses, o restaurante BeFresh contou com uma consultoria para ficar de acordo com as normas de higiene.
A disposição dos equipamentos da cozinha foi projetada para que não ocorra o cruzamento dos materiais da parte suja (onde ficam utensílios já utilizados) com os da limpa (onde os alimentos são preparados).


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