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"Parabéns" dá lugar a atração radical
Sem hora do bolo, festas para teens oferecem desde gincanas até equipamentos de parques de diversões
DA REPORTAGEM LOCAL
Ratos, cobras e baratas de laboratório são alguns dos atrativos
das festas de adolescentes do bufê
Bem-Me-Quer, que fica localizado na Vila Olímpia, em São Paulo.
Com eles, a casa promove provas
táteis inspiradas nos programas
de televisão. "Eles adoram", afirma a sócia Regina Peçanha.
Criado para aproveitar a infra-estrutura de uma academia de ginástica para crianças de dois a 12
anos, o Bem-Me-Quer acabou se
especializando em "baladas esportivas". "Deixamos quadras e
piscinas à disposição e temos monitores que coordenam atividades
apreciadas na adolescência, como
gincanas", explica Peçanha.
Apesar dos esforços, as festas
para os teens ainda representam
apenas 5% do faturamento.
"Estamos aprendendo", reconhece a empresária. Entre as lições já anotadas, estão algumas
dicas valiosas para quem pensa
em se arriscar nesse negócio: "Por
mais legal que seja a sua equipe, a
regra básica é ouvir o que o adolescente quer. Eles são muito mais
exigentes que os adultos".
Mesa inimiga
Além disso, ela descobriu que o
"inimigo número um" do seu novo público é a tradicional mesa de
aniversário. "A maioria deles
também não suporta que se cante
"Parabéns a Você". Se o bufê fizer,
pode perder o cliente", explica.
Apesar dos "ares de adulto", a
verdade é que as brincadeiras precisam ter espaço garantido na balada teen. Foi por isso que, no
projeto do Planet Mundi, a empresária Rosângela Veiga fez
questão de dedicar um pavimento
inteiro aos brinquedos característicos dos parques de diversões.
Parede de escalada, pista de bate-bate e elevador com queda livre
são alguns dos equipamentos que
existem na casa. "O acesso é opcional e aumenta o custo do evento, mas a maioria dos adolescentes pede para tê-lo funcionando
durante a sua festa. Eles adoram
brincar", afirma Veiga.
Já a Blast costuma contratar
"performers" para divertir os
convidados. Mais uma vez, é preciso respeitar a intenção do adolescente. "Ele tem de gostar da
proposta", diz Karin Mancusi.
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