São Paulo, domingo, 18 de janeiro de 2004


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"Parabéns" dá lugar a atração radical

Sem hora do bolo, festas para teens oferecem desde gincanas até equipamentos de parques de diversões

DA REPORTAGEM LOCAL

Ratos, cobras e baratas de laboratório são alguns dos atrativos das festas de adolescentes do bufê Bem-Me-Quer, que fica localizado na Vila Olímpia, em São Paulo. Com eles, a casa promove provas táteis inspiradas nos programas de televisão. "Eles adoram", afirma a sócia Regina Peçanha.
Criado para aproveitar a infra-estrutura de uma academia de ginástica para crianças de dois a 12 anos, o Bem-Me-Quer acabou se especializando em "baladas esportivas". "Deixamos quadras e piscinas à disposição e temos monitores que coordenam atividades apreciadas na adolescência, como gincanas", explica Peçanha.
Apesar dos esforços, as festas para os teens ainda representam apenas 5% do faturamento.
"Estamos aprendendo", reconhece a empresária. Entre as lições já anotadas, estão algumas dicas valiosas para quem pensa em se arriscar nesse negócio: "Por mais legal que seja a sua equipe, a regra básica é ouvir o que o adolescente quer. Eles são muito mais exigentes que os adultos".

Mesa inimiga
Além disso, ela descobriu que o "inimigo número um" do seu novo público é a tradicional mesa de aniversário. "A maioria deles também não suporta que se cante "Parabéns a Você". Se o bufê fizer, pode perder o cliente", explica.
Apesar dos "ares de adulto", a verdade é que as brincadeiras precisam ter espaço garantido na balada teen. Foi por isso que, no projeto do Planet Mundi, a empresária Rosângela Veiga fez questão de dedicar um pavimento inteiro aos brinquedos característicos dos parques de diversões.
Parede de escalada, pista de bate-bate e elevador com queda livre são alguns dos equipamentos que existem na casa. "O acesso é opcional e aumenta o custo do evento, mas a maioria dos adolescentes pede para tê-lo funcionando durante a sua festa. Eles adoram brincar", afirma Veiga.
Já a Blast costuma contratar "performers" para divertir os convidados. Mais uma vez, é preciso respeitar a intenção do adolescente. "Ele tem de gostar da proposta", diz Karin Mancusi.


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