São Paulo, domingo, 20 de outubro de 2002


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GESTÃO

Nova associação pretende reunir empreendedores para trocarem experiências sobre gestão

Clube promete auxílio a empresários

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Uma associação que reúna e organize micro e pequenos empresários ou interessados em entrar no mundo dos negócios. Essa é a proposta do Clube do Empreendedor, lançado neste mês em São Paulo, durante evento da ONG (organização não-governamental) Endeavor, que busca fomentar o empreendedorismo nos países em desenvolvimento.
O clube promete trazer aos associados palestras e workshops para ensinar como gerir um negócio. Ser sócio custa R$ 69 por mês (veja quadro ao lado).
"As escolas não colocam empreendedores no mercado. Elas só preparam o profissional para procurar emprego. Sabemos que o brasileiro tem esse espírito empreendedor, mas não tem suporte", diz o diretor Wilson Trevisan.
Segundo ele, que também é pequeno empresário, o começo de um negócio é justamente o período em que mais se precisa de apoio e quando há menos verba para investir em treinamento, justificando a alta mortalidade das empresas nos primeiros anos.
O diferencial do clube, de acordo com o idealizador, está na promoção de redes de relacionamento. "Queremos entrosar os associados para que troquem experiências, façam parcerias ou mesmo negócios", diz Trevisan.

Atrativo
Foi esse um dos principais fatores que levou Flávio Fausano, dono de uma empresa de armazenagem de produtos, a se associar ao clube. "É muito importante trocar experiências com quem já teve os mesmos problemas. No começo do negócio, temos de decidir sozinhos, quebrando a cabeça", diz.
Outro benefício que o interessou foi a Clínica de Negócios, uma espécie de consultoria em que o empreendedor esclarece suas dúvidas com outro empresário mais experiente, mas que também já errou e teve problemas de gerenciamento similares.
"O melhor consultor para o pequeno empreendedor é outro pequeno empreendedor", afirma Fernando Dolabela, especialista na área e que há cerca de três anos montou em Minas Gerais, Rio e Paraná um clube nos mesmos moldes do recém-lançado em São Paulo. Nenhum deles deu certo.
Dolabela afirma que a questão cultural foi o principal fator que levou a iniciativa a não crescer. "No Brasil, os micro e pequenos empresários não têm a cultura de se associarem para cooperar entre si. Todos acham a idéia boa, comparecem no início, mas não assumem sua parte." (ISABEL CASTRO)


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