São Paulo, domingo, 21 de junho de 2009


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Funcionário que fuma também é preocupação

Firmas criam espaços abertos; produtividade é mantida com parcimônia nas pausas para cigarro

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Bares, restaurantes e casas noturnas são considerados os mais atingidos, mas não são os únicos sujeitos à lei antifumo. Nos escritórios, a fumaça dos funcionários também terá de ficar do lado de fora.
A Maxihost, empresa da área de tecnologia que fica no 11º andar de um edifício de São Paulo, havia separado uma de suas salas com janelas para ser fumódromo. De seus 20 funcionários, 8 são fumantes.
O local será desativado, e um outro espaço está sendo adaptado no térreo do edifício, em conjunto com os demais condôminos. "Estamos colocando bancos para tornar o local mais agradável", diz Guilherme Alberto, proprietário da empresa.
A agência NewAd também tinha um fumódromo próximo à recepção da firma, que fica em um edifício na avenida das Nações Unidas. Agora, a fumaça só é permitida no térreo.
A empresa espalhou cartazes sobre a lei e fez uma campanha para incentivar os funcionários a deixar o cigarro. "Com a medida, uma das funcionárias deixou de fumar", conta o sócio Michel Eberhardt.
No escritório da SuperTaxi, que fica numa casa, a empresa vai estabelecer um espaço do lado de fora, onde será permitido fumar. "Faremos também uma reunião com os motoristas para aconselhar sobre o procedimento com o passageiro que queira fumar, já que a lei também vale para táxis", afirma o diretor, Adalberto Cardoso.

Produtividade
Nos três casos, a maior preocupação dos empresários é com a queda de produtividade. Para eles, o fato de o fumódromo estar mais longe pode fazer com que os funcionários gastem mais tempo quando forem acender seus cigarros.
Rodolfo Ohl, diretor da empresa de orientação profissional MonsterBrasil.com, aconselha funcionários e empresas a buscar o equilíbrio. "De um lado, as pausas são importantes para espairecer. De outro, os funcionários podem se policiar para não exagerar nas paradas", sugere.
As empresas que têm dúvidas quanto ao controle do fumo podem consultar o site da Aliança de Controle do Tabagismo, que tem um manual para implementação de ambientes livres de tabaco.
O manual tem sugestões de cronograma de atividades, dicas para comunicação com funcionários, comentários sobre avaliações de resultados e outras recomendações. O site é www.actbr.org.br. (JV)


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