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Funcionário que fuma também é preocupação
Firmas criam espaços abertos; produtividade é mantida com parcimônia nas pausas para cigarro
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Bares, restaurantes e casas
noturnas são considerados os
mais atingidos, mas não são os
únicos sujeitos à lei antifumo.
Nos escritórios, a fumaça dos
funcionários também terá de
ficar do lado de fora.
A Maxihost, empresa da área
de tecnologia que fica no 11º
andar de um edifício de São
Paulo, havia separado uma de
suas salas com janelas para ser
fumódromo. De seus 20 funcionários, 8 são fumantes.
O local será desativado, e um
outro espaço está sendo adaptado no térreo do edifício, em
conjunto com os demais condôminos. "Estamos colocando
bancos para tornar o local mais
agradável", diz Guilherme Alberto, proprietário da empresa.
A agência NewAd também tinha um fumódromo próximo à
recepção da firma, que fica em
um edifício na avenida das Nações Unidas. Agora, a fumaça só
é permitida no térreo.
A empresa espalhou cartazes
sobre a lei e fez uma campanha
para incentivar os funcionários
a deixar o cigarro. "Com a
medida, uma das funcionárias
deixou de fumar", conta o sócio
Michel Eberhardt.
No escritório da SuperTaxi,
que fica numa casa, a empresa
vai estabelecer um espaço do
lado de fora, onde será permitido fumar. "Faremos também
uma reunião com os motoristas
para aconselhar sobre o procedimento com o passageiro que
queira fumar, já que a lei também vale para táxis", afirma o
diretor, Adalberto Cardoso.
Produtividade
Nos três casos, a maior preocupação dos empresários é com
a queda de produtividade. Para
eles, o fato de o fumódromo estar mais longe pode fazer com
que os funcionários gastem
mais tempo quando forem
acender seus cigarros.
Rodolfo Ohl, diretor da
empresa de orientação profissional MonsterBrasil.com,
aconselha funcionários e empresas a buscar o equilíbrio.
"De um lado, as pausas são importantes para espairecer. De
outro, os funcionários podem
se policiar para não exagerar
nas paradas", sugere.
As empresas que têm dúvidas
quanto ao controle do fumo
podem consultar o site da
Aliança de Controle do Tabagismo, que tem um manual
para implementação de
ambientes livres de tabaco.
O manual tem sugestões de
cronograma de atividades, dicas para comunicação com funcionários, comentários sobre
avaliações de resultados e outras recomendações. O site é
www.actbr.org.br.
(JV)
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