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gestão
Apelo às sensações é a nova ferramenta do marketing
Experiências agregadas à venda de produtos e serviços atraem clientes
ANDRESSA ROVANI
DA REPORTAGEM LOCAL
Se sua empresa está interessada em galgar um espacinho
cativo no coração dos clientes,
saiba que é necessário oferecer-lhes um elemento além do
preço competitivo: o sonho.
Independentemente de ser o
caso de um desejo bem baratinho ou o de dar a volta ao mundo, o marketing de experiências -que aos poucos está sendo rebatizado de sensorial- ganha terreno ao possibilitar que
consumidores que tenham os
sentidos "acarinhados" tornem-se escudeiros da marca.
"Não é um processo só de fidelização, trata-se de tangibilidade da marca. O cliente, ao entender tudo o que a loja oferece,
fica leal", diz Heloísa Omine,
professora da ESPM (Escola
Superior de Propaganda e Marketing) e sócia da Shopfitting.
"As experiências vão além da
compra. As lojas são bonitas,
mas todas iguais. O consumidor vai se lembrar daquela que
lhe oferecer algo diferente", diz
Silvana Bastian, da consultoria
gaúcha Mais Criativa. "Mas elas
ainda são poucas."
Heloísa Omine cita quatro
variáveis do marketing de experiências e afirma que mesmo
as empresas de pequeno porte
podem adotar medidas voltadas para o estímulo sensorial.
"O objetivo é fazer com que o
cliente sinta algo diferente.
Pode ser via diversão, estéti-
ca, momentos de escapismo
ou treinamento", explica.
Para todos
Apesar de algumas ações incluírem gastos consideráveis
-como ao "perseguir" tornados ou ao conhecer uma unidade espacial-, pequenas empresas também podem lançar mão
de estratégias desse marketing.
Para Silvana Bastian, um primeiro passo é tornar a loja mais
aconchegante e preparar todos
os funcionários para que ajam
de forma mais receptiva.
"Não importa o tamanho: o
foco é saber quem é o seu cliente e como esse segmento pode
ser envolvido", sugere Bastian.
Sem limite
Do outro lado do balcão, a
Immaginare, criada há um ano,
aposta que "os sonhos [dos parceiros] não têm limites".
"Percebemos, há três anos,
que o conceito de marketing de
experiências estava crescendo
muito na Europa e nos Estados
Unidos", conta Sonia Werblowsky, diretora da empresa.
Ela acrescenta que, depois
das "primeiras grandes ondas
do incentivo, nos anos 1980 e
1990", com a premiação em
produtos, vales e viagens, surge
a terceira: "Ela começa agora,
em que reinarão as sensações".
A empresa oferece experiências que vão de R$ 40 a US$ 20
milhões. Hoje, sua clientela divide-se igualmente entre empresas e pessoas físicas.
Segundo Werblowsky, um
dos segmentos mais agressivos
na área é o financeiro, que busca promover cada vez mais a fidelização de clientes de cartões; outro é o farmacêutico.
E esse será, para os envolvidos, um terreno de vida longa.
"Quanto mais afluente a sociedade, quanto mais os grandes
clientes se encontrarem abastecidos de produtos de toda a
ordem, mais a roda girará na direção do sonho, do que é "priceless" [que não tem preço]. E é
nisso em que apostamos."
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