São Paulo, domingo, 26 de maio de 2002


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Empresas adotam desde painéis de alarme até monitoramento via satélite

Tecnologia faz o papel de novo anjo da guarda

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Para suprir as vulnerabilidades do negócio e conseguir proteger a empresa, muitos empresários têm recorrido à tecnologia.
"O painel de alarme com monitoramento 24 horas é o produto mais requerido hoje", comenta Guilherme Otero, 30, gerente de marketing e de produtos da Siemens Building Technologies.
Para ele, essa é a opção mais adequada para períodos em que o imóvel fica vazio, como à noite. O painel aciona as centrais de monitoramento, quando os sensores distribuídos pela empresa detectam movimentos ou a abertura de portas ou janelas, por exemplo.
"A opção para o horário comercial é ter um botão de emergência que acione a central de controle." Trata-se da alternativa geralmente escolhida por profissionais liberais que têm consultórios.

De câmera falsa a satélites
As empresas que lidam com grande movimentação de pessoas ou que vendem mercadorias visadas (ainda que de pouco valor) podem recorrer a filmagens.
Mesmo que alguns usem apenas câmeras falsas para inibir furtos, especialistas lembram que o circuito interno de TV é mais eficaz quando agrega a opção de gravar imagens, que podem ser úteis na identificação de suspeitos.
O controle de acesso é mais presente em prédios comerciais. Inclui desde a identificação de pessoas que entram no local até o rastreamento do ponto onde estão.
Os sistemas mais modernos para evitar o roubo de cargas adotam tecnologia de ponta e, por isso, são mais caros. Há empresas que optam pelo uso de helicópteros, outras que preferem o rastreamento via satélite e ainda as que utilizam microcâmeras.
A iniciativa tecnológica pode representar uma alternativa econômica. Enquanto os gastos mensais com um vigia contratado de empresas especializadas podem variar de R$ 1.000 a R$ 4.000, as mensalidades de serviços de monitoramento giram em torno de R$ 70. Mas a escolha dependerá do tipo de negócio em questão.
Os especialistas apontam que a tecnologia não é suficiente se utilizada sozinha. Para eles, a segurança só se torna efetiva com a combinação das opções de proteção.
"Empresas de maior porte, que lidam com cargas ou que apresentam grande vulnerabilidade a assaltos requerem a presença de vigilantes", comenta o consultor em segurança Carlos Caruso.

Proteção reforçada
A loja Terra Madre Design, de São Paulo, por exemplo, decidiu gastar cerca de R$ 1.000 para instalar câmeras. "Trabalhamos com inúmeros objetos pequenos e com muito movimento", conta a gerente Luciana Schneider, 27.
No entanto, depois de um assalto, resolveram reforçar a proteção e dedicam 2% do faturamento ao pagamento de um vigilante, que antes só trabalhava em dias de maior movimento. "Todos se sentem mais seguros", avalia.
Para combinar opções de segurança, o vice-presidente da American Society for Industrial Security no Brasil, José Tarcísio Neves, recomenda a contratação de uma consultoria para elaborar um plano de proteção empresarial.
No projeto, avaliam-se as vulnerabilidades da empresa e define-se o melhor meio de mantê-la segura. Caruso calcula que um consultor independente cobre cerca de R$ 1.000 para analisar uma loja de porte médio. (BRUNA MARTINS FONTES e MIRELLA DOMENICH)


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