São Paulo, domingo, 26 de junho de 2011


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Seleção interna demanda estrutura

Recrutamento exige capacitação do empresário ou contratação de equipe especializada em RH

DE SÃO PAULO

Terceirizar o recrutamento está fora de cogitação para algumas pequenas empresas, pelo custo do serviço. É o próprio empresário, com a ajuda da equipe, que faz a seleção.
Marcelo Douek, 32, dono da consultoria em gestão de marcas Lukso, é um dos executivos que dizem preferir o processo seletivo feito internamente. A mulher do empreendedor, especialista em RH, auxilia no recrutamento.
Com quatro funcionários, ele busca profissionais em redes sociais e em palestras nas universidades. "Divulgo nosso trabalho em eventos e mostro o quanto a organização é inovadora, mesmo sendo pequena empresa", cita Douek.
Para Gisleine Camargo, gerente da área de gestão de pessoas da KPMG, de recursos humanos, passar uma boa imagem da companhia, como faz Douek, é fundamental para que micro e pequenas empresas atraiam trabalhadores qualificados.
"Na entrevista, o empresário deve avaliar a atitude do profissional e ser transparente sobre as limitações estruturais da empresa", aconselha.

CONHECIMENTO
Investir na capacitação dos profissionais envolvidos nos processos seletivos é crucial para micro e pequenas empresas que não contratam consultorias, aponta Ênio Pinto, gerente nacional de inovação do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Segundo ele, o empresário tem a opção de montar um time de especialistas em RH ou estudar o tema para fazer a seleção sozinho. "O diferencial é o capital humano."
Estruturar um RH interno, porém, pode sair mais caro do que contratar uma assessoria. Mas a equipe fixa, além de responsável pelo processo de contratação, ainda ficará incumbida de elaborar políticas de recursos humanos.
Contratar uma consultoria de RH pareceu uma solução eficiente para a Aunica, empresa de TI, que tem 30 funcionários. Entretanto, segundo o presidente da empresa, Roberto Eckeffdorff, o resultado foi aquém do esperado.
"Eles trabalharam mais a questão humana do ambiente corporativo [em detrimento do recrutamento]", argumenta ele, que cancelou o serviço e criou setor de RH.
Em uma das seleções, o gestor conta ter contratado um candidato "nerd", acreditando em seu potencial. Mas a avaliação do profissional foi insatisfatória. "Ele largou o emprego meses depois para escalar montanhas."
Apesar de gastar mais com uma equipe interna do que com a consultoria, ele avalia que "para os funcionários, é melhor ter um RH interno responsável por eles".


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