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INVESTINDO NO SHOPPING
Ponto e clientela fiel são essenciais para se dar bem
Ser vizinho de loja disputada ajuda a atrair a atenção dos consumidores
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Por mês, 2,5 milhões de pessoas passam por um shopping,
segundo a Alshop. Para traduzir esse fluxo em vendas, basta
acertar no perfil do cliente.
A primeira pergunta a fazer é
se o produto se adequa ao poder de compra e ao gosto do público-alvo. Se a resposta for positiva, o segundo passo é escolher bem o local da loja.
"O melhor ponto é por onde
passa o maior número de pessoas. Aumentam as chances de
vendas em relação à concorrência", diz Humberto Martins,
diretor da Bolsa de Shopping
Center do Estado de São Paulo.
Para avaliar onde estão os
melhores pontos, a dica é passar um fim de semana observando o movimento no local.
Outra vantagem é que um
ponto bem localizado também
pode ser passado adiante mais
rapidamente. Todo ano, 5% das
lojas de um shopping são renovadas, segundo Martins.
O presidente da consultoria
Geografia de Mercado, Tadeu
Masano, explica que o shopping é forte pólo de atração geradora: o público vai lá pensando em comprar algo específico.
E há outros níveis de atração
geradora: a de vizinhança e a de
suscetibilidade. Na primeira,
quem vai comprar algo específico lembra de que precisa de
outro produto. Na segunda, o
consumidor é movido pelo impulso de obter algo.
"A distribuição das lojas é
muito importante. É preciso
ver se o tipo de negócio que se
pretende abrir é compatível
com as lojas que estão ao redor", afirma Masano.
Cativando o cliente
Mas não basta atrair: para ter
sucesso, o lojista deve cativar o
cliente. Foi o que fez o joalheiro
Francisco Galucci Junior, 43.
Há 14 anos, ele abriu uma loja
multiserviços, a Golden Copy,
no Shopping Butantã. "O começo foi difícil, mas, com o boca a boca dos clientes que eu ia
conquistando, as coisas foram
melhorando", lembra Junior.
No início, a oferta de serviços
era restrita ao conserto de jóias,
mas ele passou a oferecer outros, como copiadora e conserto de relógios. Ele diz que os
custos com a loja são cerca de
50% maiores do que se o estabelecimento estivesse fora do
shopping, mas reforça que o investimento vale a pena.
"Preciso de fluxo de pessoas e
de segurança, e isso eu tenho
garantido dentro do shopping",
diz. Há três anos, já com uma
clientela fiel, ele abriu uma segunda loja no mesmo shopping.
Para ganhar clientes, a engenheira Érika Safaki, 37, que tem
uma franquia do Rei do Mate
no Shopping Campo Limpo,
oferece degustações de seus
produtos. Com faturamento de
R$ 35 mil mensais, Safaki já
busca novas oportunidades de
negócio. "Quero continuar em
shoppings", conta.
(MB)
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