São Paulo, domingo, 26 de agosto de 2007


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gestão

Com estagiários, empresário ganha mais tempo e foco

Estudantes de administração trazem novos conceitos

MARIANA DESIMONE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Estagiários são um bom reforço para empresas que precisam de alguém com bastante disposição para encarar tarefas em todas as frentes.
"Eles tendem a buscar uma grande empresa, mas é nas pequenas onde há mais chances de aprender. Eles têm a idéia do processo todo, e não de um segmento, como ocorre em um banco, por exemplo", aponta Marcos Hashimoto, professor de empreendedorismo do Ibmec São Paulo.
Assim o empresário tem a oportunidade de se desvencilhar de certas atividades para se concentrar em outras.
"Com a vinda do meu estagiário consegui me dedicar mais à parte de prospecção de clientes", concorda Ricardo Punsuvo, dono de uma empresa de design gráfico.
Ele aprovou a experiência e pretende expandir a equipe. "Ano que vem, quando terminar de pagar o equipamento, quero contratar mais um", diz.
Os que estão se formando em administração podem dar uma mãozinha extra. "Conceitos de gestão não são tão aplicados nesse tipo de empresa. É necessário, portanto, ter alguém que domine esse conhecimento", lembra Reinaldo Messias, consultor do Sebrae-SP.

Motivação
O administrador Álvaro Ricci aprova o convívio com estudantes de administração. "Estava muito sobrecarregado. Com os estagiários, trabalhamos melhor as metas. Eles têm vontade de aprender", elogia. Apesar da disposição de quem está aprendendo, a falta de perspectiva pode acabar desmotivando o jovem.
Para especialistas, alguns pontos ajudam a aguçar o interesse do estagiário pela empresa, como conversas acessíveis com o dono e ambiente informal, com liberdade para criar.
Na hora da seleção, o ideal é buscar alguém que, além de desempenhar bem suas tarefas, tenha bom relacionamento com colegas de equipe.
E não pode faltar espírito empreendedor. "Assim o estudante consegue também entender como tocar o próprio negócio. É uma forma de compensar os benefícios que as pequenas não oferecem", conclui Geraldo Purim, professor do curso de administração da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).


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