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inovação
Quase metade das incubadoras do país é gerida por mulheres
8,9% afirmam terem sofrido preconceito de gênero
MARIA CAROLINA NOMURA
DA REPORTAGEM LOCAL
A participação de mulheres
em cargos de coordenação,
direção ou gerência nas incubadoras é de 46,8%, segundo
levantamento feito pela Anprotec (Associação Nacional de
Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores).
O estudo foi realizado em
parceria com a ITCP Coppe
UFRJ (Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares
da Universidade Federal do Rio
de Janeiro), entre julho e
setembro de 2008.
O estudo "Mulheres Empreendedoras: Gênero e Trabalho nas Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos"
revela as impressões das mulheres em relação à sua atuação
nessas instituições.
"O objetivo do levantamento
é conhecer as perspectivas dessas trabalhadoras dentro das
incubadoras para iniciarmos
um debate sobre a necessidade
de haver políticas públicas de
gênero", afirma Gonçalo Guimarães, diretor da Anprotec.
A principal dificuldade apontada por elas é o preconceito:
10,1% das entrevistadas afirmam que já sofreram discriminação por causa da idade; 8,9%
dizem terem sido discriminadas por serem mulheres.
Primeira impressão
"É mais difícil quando se é
uma jovem mulher -alguns
clientes e fornecedores se
espantam quando me conhecem", diz Fabiana Maruccio,
29, sócia-diretora da incubadora Gesto Saúde. "Mas acredito
que o trabalho bem-feito supere qualquer tipo de imagem do
primeiro contato."
Marcelo Ramos, um dos
organizadores do estudo, afirma que, apesar de existirem, os
relatos sobre preconceito não
são numerosos. "Mais de 40%
das mulheres dizem não sofrer
discriminação. Isso mostra
uma mudança no padrão de
comportamento desse mercado, inicialmente dominado por
homens", aponta.
Para Regina Faria, 54, gerente da ITCP Coppe UFRJ, a conquista de cargos de gestão por
parte das mulheres é uma questão de tempo. "Elas se dedicam
mais ao estudo, e há cada vez
mais mulheres na área de tecnologia", destaca.
O estudo revelou também
que 50% das entrevistadas possuem pós-graduação, e 24,1%,
nível superior incompleto. As
que concluíram o ensino superior são 16,5%.
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