|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
DE CARA NOVA
Envolvimento dos funcionários é fundamental para reforçar a imagem
Construção da marca é feita a partir do foco nos detalhes
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A análise do logotipo demorou cerca de um mês e meio.
Depois, começaram os trabalhos dos outros itens de comunicação: uniformes de funcionários, site, papelaria, jornal interno, veículos e crachás.
Foi só então que a Redondo
Design entregou para seu cliente, a Álamo Engenharia de
Manutenção e Facilities, a revisão completa da sua marca.
Todo esse esforço, no entanto, pode não trazer resultado
efetivo se não forem tomados
alguns cuidados essenciais.
"Caso não haja na empresa
quem entenda que a marca é
um patrimônio da firma, todo o
trabalho vai por água abaixo",
diz Cristiana Nogueira, diretora de arte da Redondo Design.
De acordo com ela, é primordial que cada funcionário entenda que faz parte da construção da imagem da empresa.
"Em cada microdetalhe, o
posicionamento da marca pode
ser reforçado ou destruído. Até
pelo modo como a secretária
atende ao telefone a percepção
que o cliente tem da empresa
pode ser modificada", explica.
"O efeito da marca deve ser
cumulativo. É isso que vai fa-vorecer sua fixação na mente
do consumidor", acrescenta o
publicitário Stalimir Vieira.
Para auxiliar nesse trabalho
de padronização da imagem
corporativa, uma ferramenta
útil são os manuais de estilo.
Eles orientam o funcionário sobre procedimentos nas mais diversas situações -por exemplo,
quando usar cada logotipo.
"Sua aplicação deve ser quase
religiosa", salienta Vieira.
Ciente disso, Amélia Whitaker, 29, sócia da Visar Planejamento, adotou o uso de um manual de conduta. "É para uniformizar a nossa imagem", diz.
O trabalho de vigiar se o guia
está sendo seguido fica a encargo de todos os funcionários.
"Todo mundo é responsável pelo seu próprio policiamento e
pelo dos colegas de trabalho."
O logotipo da empresa de
Whitaker também sofreu modificações recentes "devido a
novas diretrizes da empresa".
As até então tradicionais estrelas foram substituídas por
folhas quando a agência passou
a trabalhar com clientes ligados
à sustentabilidade.
Impacto holístico
Outro aspecto que o empresário deve levar em conta é o
monitoramento do impacto
das mudanças nos "stakeholders" -clientes, fornecedores e
comunidade em contato com a
marca. "Se a recepção inicial
das alterações for negativa,
pode ser o caso de retroceder",
alerta Luciano Deos, 43, presidente da consultoria de marcas
GAD Branding & Design.
(DB)
Texto Anterior: Gestão da marca traz dividendos Próximo Texto: Mandamentos Índice
|