Modelo é maneira de expansão rápida, mas são necessários diferenciais no negócio e marca forte

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O segmento de franquias tem atraído a atenção nos últimos anos -não só de interessados em se tornarem franqueados mas também de bandeiras que querem virar franqueadoras.
Levantamento da ABF (Associação Brasileira de Franchising) aponta que, em 2007, o setor registrou um faturamento de R$ 46 bilhões, 15,6% maior em relação ao de 2006. Na mesma época, o número de redes passou de 1.013 para 1.197, variação de 18,2%.
Para 2008, a previsão de crescimento no faturamento é de 17%. A expectativa para 2009 é de alta de 12% a 13%.
Ainda que seja considerado esse aumento mais modesto, são números que enchem os olhos. No entanto, lançar uma marca no sistema de franchising é um passo que deve ser planejado com antecedência.
A lei nº 8.955/94, que rege o sistema de franquias, não obriga a empresa a ter determinado tempo de mercado para estrear no setor. Mas o reconhecimento da marca é determinante para seu sucesso.
"Deve-se avaliar friamente o negócio: ver se a marca tem potencial para fazer clientes em outras praças e analisar se a rede tem rendimento suficiente para tornar-se uma empresa franqueadora", explica Filomena Garcia, sócia-diretora do Grupo Cherto.

Aposta no "mix"
No mercado paulista há 23 anos, com 12 lojas próprias, a Petit Bebe, que vende brinquedos, roupas, acessórios e móveis infantis, lançou franquias recentemente.
"A idéia é estratégica, queremos expandir pelo Brasil", diz Vania Marola Almeida, gerente de marketing da rede.
A empresa encomendou um plano de expansão a uma consultoria em franquias. "Ela identificou poucos concorrentes atuando nacionalmente no segmento", ressalta Almeida.
Ela aposta no "mix" diversificado de produtos. A loja traz desde a mamadeira até a decoração do quarto e aposta no público que vai desde o recém-nascido até o pré-adolescente.
O primeiro franqueado lança sua loja no primeiro semestre de 2009. "Devemos fechar o ano que vem com seis franquias", planeja Almeida.
Garcia, do Grupo Cherto, comenta que são os diferenciais da marca os grandes atrativos para novos franqueados. "É o que agrega valor."
Também vale destacar que quem pretende se lançar como franqueador deve tomar cuidados no que se refere às normas e padrões, uma vez que o sucesso desse modelo de negócio se baseia nesses princípios.
"Participar de uma rede significa trabalhar dentro de padrões estabelecidos e normas rígidas", aponta Ana Vecchi, sócia da Vecchi&Ancona Estratégia e Gestão. (LC)


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