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Dono participativo adapta-se melhor
Empresário deve se preocupar com a motivação da equipe em tempos de turbulência
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"O empreendedor é um gestor de crise permanente", define Rodrigo Teles, diretor-geral
do Endeavor, instituto que
apoia o empreendedorismo.
Para ele, os pequenos empresários estão mais acostumados
a lidar com crises do que os
grandes porque resolvem problemas de suas empresas todos
os dias. "Eles olham o lado
cheio do copo", compara.
Mas, para fazer do otimismo
uma ferramenta de gestão, é
preciso transmiti-lo para o restante da equipe. Assim, o dono
deve continuar "vendendo o
sonho grande" para os colaboradores da empresa e não deixar um eventual clima de pessimismo contaminar o time.
Na avaliação de Lucas Izoton, presidente do Conselho
Temático Permanente da
Micro e Pequena Empresa da
CNI, os pequenos sofrem menos com o excesso de informação e com os indicadores, que
os grandes acompanham mais.
"Se enxerga uma perspectiva
de futuro, ele fica logo otimista,
mesmo que não consiga quantificar [o cenário]", aponta.
Decisões
Outros fatores, como a facilidade de implementar decisões,
já que normalmente o dono
atua tanto no âmbito estratégico como no operacional, favorecem os pequenos. "As grandes estão mais presas a contratos, multas e planejamento de
longo prazo", diz Izoton.
Frederico Chrestesen, da
Cerâmica Antigua, conta que
não ficou tão pessimista quanto outros do mercado.
A empresa, que vende cerâmicas artesanais, optava por
repassar o valor agregado de
seus produtos para as vendas
no mercado externo.
Com a queda do dólar e o fortalecimento do consumo interno, Chrestesen mudou de estratégia. Há cinco anos, 70%
das vendas eram voltadas para
o mercado externo. Agora, são
só 20%. Seus pontos de venda
no Brasil passaram de 24 para
66 no mesmo período.
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