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Artefatos históricos na internet

Por ERIC PFANNER

PARIS - No ano passado, quando o Museu Israel, em Jerusalém, onde ficam os manuscritos do Mar Morto, foi reaberto após uma reforma, atraiu 1 milhão de visitantes nos primeiros 12 meses. Mas em setembro, quando o museu abriu um novo site na internet, com versões recém-digitalizadas dos manuscritos, atraiu 1 milhão de visitantes em três dias e meio.

Escaneados com tecnologia de altíssima resolução, os manuscritos foram vistos on-line a partir de 210 países, entre os quais locais -Afeganistão, Irã, Iraque e Síria- de onde poucos poderiam visitar fisicamente o Museu Israel.

"Estamos levando o material a uma gama espantosa de público", comentou o diretor do museu, James S. Snyder. "E nunca teríamos tido a capacidade técnica de fazer isso por conta própria."

A digitalização dos manuscritos foi realizada por uma nova iniciativa cultural do Google. O Instituto Cultural Google quer tornar artefatos como os manuscritos acessíveis a qualquer internauta.

"Estamos construindo serviços que ajudam as pessoas a colocar a cultura on-line, ajudam as pessoas a preservá-la on-line, promovê-la on-line e, eventualmente, até mesmo criá-la on-line", disse Steve Crossan, diretor do instituto, sediado em Paris.

Agora o instituto está reforçando suas atividades em Paris, onde será uma das âncoras de uma nova sede do Google para a Europa, o Oriente Médio e a África, prevista para ser aberta em 2012.

Os primeiros projetos incluem parcerias com o Palácio de Versalhes e com a Fundação Nelson Mandela, na África do Sul.

No entanto, em 2009, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou recursos para um projeto próprio de digitalização. Ele disse que não permitiria que a França fosse "privada de sua herança em benefício de uma grande empresa, não importa quão amigável, quão grande e quão americana ela seja".

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