São Paulo, segunda-feira, 06 de julho de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CARTAS AO INTERNATIONAL WEEKLY

Crescer? Para quê?
("Esticando a adolescência", coluna Inteligência, de Roger Cohen, 11 de maio de 2009)
Foi com grande interesse que li a coluna de Roger Cohen sobre esticar a adolescência no jornal "Suddeutsche Zeitung", de Munique. Como psicólogo, trabalhei por anos com pessoas muito talentosas, e muitas delas vivem exatamente essa "adolescência esticada". Dá para ver esse "olhar jovem" na face de muitas pessoas proeminentes, como Bill Gates, que parecia muito jovem mesmo quando já tinha uns 40 anos.
A idade dos 30 anos parece ser uma espécie de "fronteira mágica", na qual pessoas mal-sucedidas tentam obter os êxitos que não conseguiram até então.
Jürgen vom Scheidt
Munique, Alemanha

Separando a moral da religião
("Ilusões do Oriente Médio", coluna Inteligência, de Roger Cohen, 16 de fevereiro de 2009)
Quando José Saramago veio à Colômbia, em 2006 ou 2007, disse algo como "se não existissem religiões, o mundo seria mais pacífico".
Se alguém -sem ser historiador- se põe a observar a história humana, verá que quase não houve guerras nas quais a religião não estivesse envolvida, mesmo que indiretamente.
Em Escandinávia, Dinamarca, Alemanha e França, onde vive uma grande quantidade de ateus, sem dúvida há mais ética cidadã, sobretudo num aspecto -o do respeito pelo direito do próximo, que é um pilar da convivência.
Recentemente, uma estatística, acho que da ONU, mostrava que os países com alto índice de desenvolvimento humano são os menos religiosos e vice-versa -onde há mais crença religiosa, há mais pobreza e população (Ásia, África, América Latina). Por isso, que seja bem-vinda à América Latina a ideia da ética e da moralidade sem religião.
Calixto Cortés
Colômbia

Deus sim existe, mas é como se não existisse, porque não intervém nos assuntos dos seres humanos. Deus não tem nenhuma relação com as religiões; estas são invenções do homem.
Você pode acreditar no que quiser, isso não afetará sua vida. Mas suas condutas interna e exterior estão regidas por leis universais, eternas e imutáveis. Se você não as cumpre, se destruirá. Ponto.
Pedro Armando Abdo Shaadi
Nuevo León, México

O paradoxo de Israel
("Ansiedade dificulta sonho de Israel", coluna Inteligência, de Roger Cohen, 30 de março de 2009)
Li no jornal "Observer", em Londres, a coluna de Cohen com propostas para a paz no Oriente Médio. Os lados nessa disputa precisam de ajuda para chegar a soluções sensatas. Os protagonistas sofrem os efeitos do medo, da intolerância e do extremismo. O governo dos EUA, os membros da União Europeia, a Rússia e outros envolvidos precisam ser incentivados a ter um papel ativo na busca de soluções.
Muitos dos envolvidos nessa disputa tomaram posições extremas, injustas e insustentáveis por tempo demais, alimentados pela violência contínua. Os extremistas israelenses e palestinos (e seus apoiadores) precisam ser marginalizados e identificados, e o "mainstream" precisa avançar com convicção. A inação é um presságio de grandes problemas para todos.
Dick Coldwell
Londres, Reino Unido


Cartas de leitores de todo o mundo são ocasionalmente publicadas no suplemento "New York Times".
Leitores da Folha podem enviar seus comentários a nytweekly@nytimes.com.

A coluna Inteligência retornará na semana que vem.


Texto Anterior: Tendências Mundiais
Crise rouba a cena da Revolução Laranja

Próximo Texto: Taleban vira entrave para se chegar a pico mortal
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.