São Paulo, segunda-feira, 07 de setembro de 2009

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DESCOBERTAS

A combinação cão-dono
Eles podem ser melhores amigos, mas será que um homem e seu cachorro estão tão interligados que tendem a se parecer um com o outro?
Em 2004, pesquisadores de San Diego (EUA) descobriram que os participantes de uma pesquisa conseguiam juntar corretamente imagens de donos de cães com seus animais, mas somente quando estes eram de raça pura. Traços simples como o pelo e o tamanho tinham uma influência menor do que coisas como as expressões faciais.
Um psicólogo da Universidade da Carolina do Sul contestou as conclusões, indicando um defeito no projeto do estudo. Os pesquisadores responderam com uma nova análise que confirmou suas descobertas.
Um cientista do Reino Unido entrou na discussão neste ano, pedindo que 70 pessoas juntassem imagens de 41 donos de cães com uma de várias raças. Eles conseguiram unir com acerto mais da metade das vezes, muito acima da probabilidade.
Os sujeitos disseram que procuravam traços de personalidade que acreditavam que os cães e seus donos tivessem em comum. Os cientistas suspeitam que algumas pessoas, ao escolher um cachorro, procuram certas predisposições que refletem suas personalidades.
ANAHAD O'CONNOR



Minhocas luminosas
Cientistas descobriram sete novas espécies de vermes das profundezas marinhas no oceano Pacífico. Os vermes, membros de um novo gênero, o Swima, têm até 10 centímetros de comprimento, não têm olhos e possuem cerdas semelhantes a remos que lhes permitem nadar para a frente e para trás.
Mas o que os torna realmente espetaculares são os bastões verdes reluzentes encontrados em cinco das espécies. Projetando-se perto da cabeça, esses pequenos órgãos -que na verdade mais parecem bolhas do que bastões- podem ser soltos do corpo e produzem uma luminescência verde, enquanto os vermes se afastam.
Usando submersíveis com controle remoto, Karen J. Osborn, do Instituto de Oceanografia Scripps, e colegas de outras organizações encontraram os vermes a profundidades de 1.800 a 3.800 metros no litoral do México, da Califórnia e do Oregon e perto das Filipinas. Seu relato foi publicado na revista "Science".
Os cientistas se referem aos vermes de maneira coloquial como "bombardeiros verdes" e sugerem que os predadores que tentam incomodá-los ficariam com as bolhas brilhantes luminosas, em vez da carne saborosa que pretendiam.
HENRY FOUNTAIN



Colesterol e Alzheimer
Adultos que tiveram colesterol ligeiramente alto no início da faixa dos 40 anos correm maior risco de desenvolver demência décadas depois, descobriu um novo estudo.
Enquanto estudos anteriores haviam mostrado uma ligação entre o colesterol alto na metade da vida e um risco elevado de doença de Alzheimer, "ficamos surpresos ao ver a associação com níveis limítrofes", disse Rachel A. Whitmer, epidemiologista da Divisão de Pesquisa Kaiser Permanente e principal autora do trabalho. Ele foi publicado on-line em "Dementia & Geriatric Cognitive Disorders".
O estudo acompanhou 9.844 membros do grupo médico Kaiser Permanente do Norte da Califórnia que tinham feito exame de sangue entre 1964 e 1973, quando tinham 40 a 45 anos.
Dos participantes originais, 598 receberam um diagnóstico de Alzheimer ou demência vascular, uma forma menos comum de demência, de 1994 a 2007, com 61 a 88 anos.
Aqueles cujo colesterol total havia sido alto-mais de 240 mg por decilitro- tinham 57% maior probabilidade de desenvolver Alzheimer do que aqueles com níveis ótimos. Os que tinham valores limítrofes de colesterol -200 a 239 mg por decilitro- tinham 50% maior risco de desenvolver demência vascular.
"O que é bom para o coração é bom para o cérebro", disse Whitmer.
RONI CARYN RABIN


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