São Paulo, segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

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Tornando as empresas mais verdes e magras

Consumir com consciência corta custos da empresa

Por JIM WITKIN

Embora Joe Santana não pretenda compreender a última ciência climática, ele tem opiniões próprias sobre o aquecimento global. Mas, como diretor de operações da Mi Rancho, fábrica de tortilhas de propriedade familiar em San Leandro, Califórnia, ele compreendeu a importância de economizar dinheiro.
Depois de frequentar uma série de oficinas sobre práticas empresariais sustentáveis, Santana, recentemente, pôs em ação várias medidas de eficiência energética e redução de desperdício que, segundo ele estima, vão poupar à Mi Rancho cerca de US$ 100 mil por ano e serão amortizadas no primeiro ano.
"E se isso é bom para o planeta, melhor ainda", ele disse.
"Sustentabilidade" e "ecologia" são palavras usadas em excesso hoje, mas muitos donos de empresas estão descobrindo que examinar suas operações através de uma lente verde pode ajudá-los a reduzir os custos, repensar antigas práticas empresariais e abrir portas para novas oportunidades.
Aqui estão algumas dicas para começar:

COMECE PELO ALTO: O compromisso para tornar uma empresa mais verde precisa vir da alta direção, disse Dan Bramblett, executivo da Estes Heating and Air Conditioning, uma empreiteira de Atlanta: "Envolver os empregados é chave para colocar todos no mesmo barco", ele disse. Santana aconselhou a criar equipes verdes internas, formadas por voluntários da gerência e dos funcionários.

FAÇA UM INVENTÁRIO: Para começar, disse Bramblett, analise as operações da empresa visando redução do consumo e do desperdício de energia: "Examine os lugares onde gasta mais". Áreas a se considerar são iluminação, equipamentos, aquecimento, ar-condicionado, transporte e uso da água.
Para Estes, o maior gasto da companhia depois do pessoal era com transporte e manutenção da frota.

FAÇA AS COISAS FÁCEIS: Como exemplo, você poderia desligar os equipamentos eletrônicos à noite, as lâmpadas no teto durante as horas de claridade e abrir as janelas para ter ventilação natural em vez de ar-condicionado.
Adam Prochaska, um sócio da firma de advocacia Harding & Shultz em Lincoln, Nebraska, está tentando fazer seus colegas reduzirem o uso de papel. Prochaska calculou que sua firma compra 1.600 resmas (500 folhas) de papel sulfite por ano.
Uma parte desse papel é usada para imprimir e-mails, que são arquivados nas pastas dos clientes. Ele e alguns outros advogados começaram a armazenar esses e-mails eletronicamente. Ele imagina que se todos os advogados da firma adotassem essa prática poderiam economizar pelo menos US$ 8 mil por ano em papel, impressão, custos de mão de obra e arquivamento.
Por um investimento mínimo, a Community IT Innovators, empresa de infraestrutura de informática em Washington, instalou programa de software barato que coloca os computadores da empresa no modo "dormir" quando não estão sendo usados, reduzindo seu consumo de energia em cerca de 50%.

PROCURE DESCONTOS: Depois de fazer as coisas fáceis, o próximo passo é investir em equipamento de consumo eficiente: sistemas de aquecimento, ar-condicionado e outros equipamentos de escritório. Mas, antes de considerar isto, verifique os programas de incentivo e descontos oferecidos por muitas empresas de serviços e pelos governos local e federal.
A Mi Rancho, recentemente, substituiu mais de 200 lâmpadas de teto por outras de consumo eficiente em seu armazém e local de produção, um projeto que Santana descreveu como "muito simples", baseado na recompensa rápida.
Com descontos da fornecedora local e da Prefeitura de San Leandro, a reforma custou à Mi Rancho US$ 14 mil, mas vai gerar uma economia de energia anual de cerca de US$ 32 mil, segundo as estimativas de Santana.


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